O consumo visível de aço na América Latina vem crescendo em ritmo acelerado. De acordo com o diretor executivo da Alacero, em entrevista ao portal Valor, a estimativa da empresa é que a demanda por produtos siderúrgicos alcance 70 milhões de toneladas até o final de 2021.
Isso representa um aumento de 20% no comparativo com 2020 e 8% em relação a 2019.
No segundo semestre o crescimento do consumo aparente deverá ser menos expressiva do que na primeira metade do ano, quando alcançou 35%, em vista os mesmos seis meses de 2020, ressalta Wagner.
A avaliação do executivo vem da acomodação do mercado na região com a formação de estoques reguladores nos clientes, e a base de comparação do período também é mais elevada.
A alta do consumo deve ser acompanhada pelo desempenho de produção positiva do aço. A estimativa da empresa para 2021 é de uma alta de 10% a 15%, sobre os 55,6 milhões de toneladas fabricados no ano passado.
O bom desempenho das vendas de aço fora da América Latina irá depender da redução de capacidade instalada na China, maior produtor mundial. Em 2020, o país chegou a produzir 1 bilhão de toneladas de aço. E, neste ano, após apresentar crescimento no primeiro semestre, o governo chinês aplicou medidas restritivas às usinas, diz Wagner.
Já o Brasil representa 40% do mercado latino-americano, as exportações aumentaram 2,9% em agosto, atingindo 865 mil toneladas. Segundo o Instituto Aço Brasil, no acumulado até agosto, as vendas externas recuaram 10,9%%, alcançando 6,9 milhões de toneladas.
“As medidas do governo chinês devem ser estruturais e não pontuais, para resolver a questão ambiental. Se a mentalidade realmente mudar, a região tem condições de aumentar as exportações”, finaliza o executivo.
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