O preço do minério de ferro caiu 8,8% nesta segunda-feira (20/9) e ficou abaixo de US$ 100 por tonelada no mercado à vista pela primeira vez em quase 15 meses.
Por consequência, a matéria-prima do aço passou a apresentar a desvalorização de 42% em 2021. A queda do minério de ferro ocorre após a baixa demanda na China.
De acordo com a publicação especializada Fastmarkets MB, o minério com teor de 62% de ferro fechou o dia em queda de 8,8% no porto de Qingdao, para US$ 92,98 por tonelada. Esse é o menor preço desde 14 de maio do ano passado.
No início deste mês, o minério de ferro também teve uma desvalorização de 4,2% no porto de Qingdao, para US$ 132,19 a tonelada, o menor preço desde 1º de dezembro e o preço do minério chegou a recuar em mais de 6%, como benchmark de Dalian atingindo seu nível mais baixo em 7 meses.
O declínio dos preços da matéria-prima é decorrência da atividade da economia chinesa. O risco de dívida que vem da segunda maior incorporadora da China, a Evergrande, causou efeitos nas negociações de minério e com isso afeta diretamente o doméstico de aço. A construção civil é um dos grandes direcionadores da demanda de aço e a Evergrande, uma das principais consumidoras de produtos siderúrgicos.
Diante desse cenário, as ações da Vale (VALE3), às 12h10 (horário de Brasília), apresentam uma queda de 3,02%, sendo vendidas a R$ 83,55.
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