A inflação deve sofrer uma queda brusca neste mês e no próximo, atingindo 0,40% em agosto e 0,34% em setembro, em termos de comparação mensal, segundo estimativas de participantes do mercado enviadas ao Comitê de Política Monetária (Copom) no final de julho. As taxas equivalem a menos da metade da inflação mensal observada em julho, de 0,96%.
Os números foram compilados a partir de dados apresentados por 96 instituições no questionário pré-Copom — enviado aos participantes do Sistema Expectativas de Mercado em 23 de julho.
Os dados mostraram que a previsão do mercado para a inflação em 2021 subira de 5,7% antes da reunião do Copom em junho para 6,71% nas semanas que antecederam o encontro de agosto. Também aumentou, de 79% para 88%, o porcentual de instituições que consideravam haver risco de a inflação ficar acima do nível projetado.
A mesma pesquisa mostrou que, naquela época, num universo de 102 respondentes, 87% esperavam que o Copom elevasse a Selic em 1 ponto porcentual (pp), para 5,25%, mas que um porcentual menor, de 74%, achava que esta era a decisão correta.
Os que discordavam da alta de 1 pp achavam, em sua maioria, ser mais recomendável uma elevação de 0,75 pp, enquanto dois participantes de mercado consideravam que a elevação deveria ser maior, de 1,25 pp.
Gustavo Nicoletta / Agência CMA (g.nicoletta@cma.com.br)
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