Cinco pessoas ligadas ao Grupo Bitcoin Banco — incluindo o presidente da empresa, Claudio Oliveira, autointitulado o “rei do bitcoin” — foram presos pela Polícia Federal no Paraná, nesta segunda-feira (5).
Entre as cinco pessoas, estava a esposa de Claudio, um alto executivo do grupo e dois outros investigados que teriam colaborado com o esquema criminoso com ocultações de bens e fraudes judiciais.
Segundo o site Valor Investe, o “rei do bitcoin” é acusado de promover fraudes por meio de plataformas de negociação de bitcoins e outras criptomoedas que podem ter causado danos de mais de R$ 1,5 bilhão a mais de 7 mil pessoas.
O Grupo Bitcoin Banco estava em recuperação judicial desde o final de 2019 e tinha sido autorizado pela Justiça a retomar atividades como meio de ressarcir os clientes.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Filipe Hille Pace, o empresário Cláudio Oliveira e o GBB promoveram durante mais de quatro anos um golpe no qual recebiam recursos de investidores para supostamente aplicar em bitcoin, com promessas de lucros exorbitantes.
Ainda segundo a autoridade policial, os acusados criaram um esquema no qual os investidores acreditavam estar investindo reais ou bitcoins, mas esses clientes jamais chegaram a ter a posse dos bitcoins, e tanto os criptoativos quanto os rendimentos não eram de fato registrados ou movimentados na blockchain — a tecnologia que valida e registra as transações em bitcoins.
Segundo a publicação, o delegado informou que os acusados se valeram da complexidade da tecnologia para enganar os clientes e a Justiça. Oliveira e o GBB apresentaram dados de uma carteira digital com 7.000 bitcoins (cerca de R$ 1,2 bilhão) para enganar a Justiça e fazer parecer que a empresa tinha os recursos necessários para ressarcir os clientes.
*Imagem em destaque: Piqsels.com









