O Bitz, startup de carteira digital do Bradesco, disse que a implementação do “open banking” (concessão do controle dos dados financeiros aos clientes, em vez de manter estas informações nas instituições financeiras) no país traz a expectativa de oferecer, nos próximos anos, serviços cada vez mais customizados aos clientes, com o aumento da capacidade de processamento de informações.
“O open banking mudará a prestação de serviços, a oferta e com o implemento do 5G, a capacidade de processamento vai aumentar e permitirá uma interação muito maior com o cliente, conseguiremos estar na hora em que ele estiver fazendo algo que o banco possa ajudá-lo”, comentou Curt Zimmermann, diretor executivo do Bitz, em participação no FID21, evento sobre finanças digitais transmitido pela internet.
Em relação à atuação da startup, o executivo disse que a Bitz poderá ser uma ferramenta de associação do Bradesco com investidores ou “um instrumento jurídico” para ser uma investida de outras companhias.
O executivo prevê que o banco poderá oferecer ofertas específicas para cada perfil de cliente. Imaginamos que as oportunidades serão capitalizadas pelo próprio banco, com o uso de APIs (Interface de Programação de Aplicativos), por exemplo. A diferença é que o open banking possibilita o processamento do serviço”, acrescentou.
O executivo avalia o papel do Banco Central como fundamental para proporcionar a estabilidade e a segurança jurídica do sistema.
“Temos tido discussões com o Banco Central no sentido de quem vai garantir o pagamento ponta a ponta, com controle de fraudes, isso não é tão trivial quanto se imagina, disse.
Em fevereiro, o Banco Central lançou a primeira fase do open banking no país, após adiar, de novembro, a pedido das instituições financeiras.
“Quando a gente vê essa abertura do mercado que possibilitou a abertura de contas digitais e agora com o “open banking”, o banco busca aproveitar todas essas entradas”, finalizou.
Cynara Escobar / Agência CMA
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Imagem em destaque: Reprodução/Bitz