O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Jr., afirmou que, para os bancos, o pior da pandemia já passou.
Em entrevista ao Valor Economico, Lazari contextualizou a fala. “Partindo do pressuposto de que não haverá uma terceira onda. Tem milhões de brasileiros já vacinados, vacinas chegando, as duas grandes fontes de ciência brasileira produzindo vacina, Fiocruz e Butantan”, afirmou o executivo.
O Bradesco reportou um lucro líquido de R$ 6,5 bilhões no primeiro trimestre de 2021, uma alta de 73,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Além da redução das despesas com provisões, o resultado foi impulsionado também pelo corte de gastos operacionais do banco.
As incertezas na economia e a transformação tecnológica do setor foi a maneira que o segundo maior banco privado do Brasil achou de resolver a situação financeira. “A gente fazia 1 milhão de autenticações por dia na boca do caixa e hoje faz 60 mil, 70 mil”, disse o presidente do Bradesco.
Na entrevista, Lazari afirmou que ganhar escala é o caminho para compensar a inevitável perda de receita em algumas áreas e uma das próximas investidas do banco será transformar o Bradesco em um marketplace. “Não me importa se o cliente tem conta no Nubank, em outro banco. Preciso trazê-lo para dentro oferecendo investimento, crédito”, afirmou o presidente.
Segundo o portal de notícias, Lazari tem uma visão positiva da recuperação econômica, desde que haja vacinação em massa e se evite uma terceira onda da pandemia.
Para o executivo o compromisso do governo com o equilíbrio fiscal e com a agenda de reformas talvez não se dê na intensidade desejada, mas não tem alternativa. “O que pode ser feito é dar fôlego para as empresas para que tenham carência maior, jogando para o segundo semestre”, afirmou.
*Imagem em destaque: Wikimedia Commons









