“Os sinais de retração no primeiro trimestre e recessão no primeiro semestre ganharam mais fôlego”, afirma o Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE), em Boletim de Política Econômica publicado nesta quarta-feira (28).
A publicação aponta que o indicador de atividade do Banco Central (IBC-Br) surpreendeu os analistas ao ter fechado com alta de 1,7% na margem e crescimento de 0,98% na comparação com fevereiro de 2020.
Sobre a política fiscal do país, o Instituto aponta que a novela do Orçamento para 2021 parece ter finalmente caminhado, uma vez que um acordo de R$ 10,5 bilhões foi fechado que prevê um veto do Presidente Bolsonaro em emendas parlamentares de relator, mas para fazer valer o acerto original de R$ 16,5 bilhões em emendas e recompor gastos obrigatórios subestimados ainda será preciso vetar outros trechos do Orçamento.
Já na política monetária, o debate entre os economistas sobre as condições fiscais e a possibilidade de descontrole inflacionário tem sido guiada para percepção de que o Brasil estaria adentrando um período de “Dominância Fiscal”, onde o Banco Central perde capacidade de controlar a inflação pela taxa de juros. “Acreditamos que a política monetária no Brasil ainda está longe de ser direcionada pelas expectativas quanto ao “descontrole das contas públicas”, afirma o IREE no documento.
O boletim também traz um balanço dos setores e afirma que a série de programas de liberação de crédito para as empresas foram bem-sucedidos em 2020.
O Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), por exemplo, liberou R$ 37 bilhões de crédito para 517 mil micros e pequenos empreendedores, com o compromisso por parte das empresas de preservar os empregos.
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*Imagem em destaque: Reprodução/IREE