A Twitch, site de streaming pertencente à Amazon, demitiu cerca de 35% (500 pessoas) da sua equipe na manhã desta quarta-feira (10).
O anúncio dos cortes foi feito esta manhã pelo CEO do Twitch, Dan Clancy, após a divulgação ontem pela Bloomberg de que essas demissões estavam ocorrendo com base em relatórios internos. “Lamento ter que compartilhar que estamos tomando a dolorosa medida de reduzir nosso número de funcionários em pouco mais de 500 pessoas da Twitch”, comentou, em e-mail enviado à equipe antes dos cortes.
No mesmo anúncio, o empresário disse que a Twitch cortou muitos custos, visando maior eficiência. “Infelizmente, apesar destes esforços, tornou-se claro que a nossa organização ainda é significativamente maior do que o necessário, dada a dimensão do nosso negócio. No ano passado, pagamos mais de US$ 1 bilhão aos streamers. Portanto, embora o negócio do Twitch continue forte, já há algum tempo a organização tem sido dimensionada com base em onde esperamos que o nosso negócio esteja daqui a 3 ou mais anos, e não onde estamos hoje. Tal como acontece com muitas outras empresas no setor tecnológico, estamos agora a dimensionar a nossa organização com base na escala atual dos nossos negócios e em previsões conservadoras sobre como esperamos crescer no futuro”, disse.
Apesar do ocorrido de hoje, as demissões não parecem ter afetado as ações da Amazon (AMZN), que, na Nasdaq, apresentava aumento de 1,56%, cotado a US$ 153,71 até às 14h (horário de Brasília) desta quarta.
Aumento de 25% das demissões ante 2023
Essa não é a primeira vez em que a plataforma faz uma demissão em massa de seus funcionários. Para se ter ideia, o aumento nas demissões foi de 25% em comparação com o ano passado, quando 400 funcionários foram demitidos pela Twitch como parte do corte total de 9.000 empregados da Amazon.
Twitch não gera lucro para a Amazon
Apesar de ser líder no segmento de transmissão ao vivo, a Twitch é uma “dor de cabeça” para a Amazon. Mesmo após nove anos de atividade (quando foi adquirida por US$ 970 milhões pela Amazon), o site não gera lucro para a big tech. Isso se deve principalmente aos custos operacionais elevados e aos vultosos pagamentos, na casa de um bilhão de dólares, destinados aos seus streamers.
Problema atrás de problema
Além disso, ainda em 2023, a plataforma de streaming foi obrigada a encerrar suas operações na Coreia do Sul como medida para reduzir suas despesas. Essa escolha foi motivada pelos elevados custos operacionais na região, tornando a sustentabilidade do modelo de negócios centrado no streaming impraticável.
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