Após o Comitê de Política Monetária (Copom) manter a taxa Selic (a taxa básica de juros) em 13,75% ao ano, o Ibovespa registra forte queda nesta quinta-feira (22), a Bolsa está caindo -1,47% por volta das 11h55. Dentre toda a carteira de ações que compõe o índice, apenas uma opera no positivo.
O ativo do Banco do Brasil Seguridade (BBES3) é o único que está escapando da maré de baixas, valorizando 0,23%, cotado a R$ 30,41.
Duas varejistas lideram as quedas, Magazine Luiza (MGLU3) e Via Varejo (VIIA3), ambas caindo pouco mais de -6,30%.
As maiores baixas são:
- Magazine Luiza (MGLU3) -6,65%, cotada a R$ 3,51;
- Via Varejo (VIIA3) -6,51%, cotada a R$ 2,44;
- Cogna (COGN3) -5,62, cotada a R$ 3,20;
- IRB Brasil (IRBR3) -5,69%, cotada a R$ 38,24;
- Eztec (EZTC3) -5,45%, cotada a R$ 18,24.
Apesar da queda da inflação e das pressões de parte do governo, o Banco Central (BC) não mexeu nos juros. A decisão era esperada pelos analistas financeiros, que apostam em queda apenas a partir de agosto.
A taxa continua no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano. Essa foi a sétima vez seguida em que o BC não mexe na taxa, que permanece nesse nível desde agosto do ano passado. Anteriormente, o Copom tinha elevado a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis.
De março a junho de 2021, o Copom elevou a taxa em 0,75 ponto percentual em cada encontro. No início de agosto do mesmo ano, o BC passou a aumentar a Selic em 1 ponto a cada reunião. Com a alta da inflação e o agravamento das tensões no mercado financeiro, a Selic foi elevada em 1,5 ponto de outubro de 2021 até fevereiro de 2022. No ano passado, o Copom promoveu dois aumentos de 1 ponto, em março e maio, e dois aumentos de 0,5 ponto, em junho e agosto.
Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.
Imagem: Piqsels