Com o anúncio do ajuste do salário mínimo para R$ 1.412 em 2024, as contribuições de diversos setores sofreram modificações. Nesta notícia, vamos entender alguns desses impactos.
Quando será pago o novo salário mínimo?

A partir de 1º de fevereiro, os trabalhadores começam a receber o novo salário mínimo oficial, reajustado para R$ 1.412. Esse valor representa um aumento de 6,97% em relação ao salário anterior, que era de R$ 1.320 e vigorou de maio a dezembro de 2023.
O novo valor do salário mínimo foi calculado com base na inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que acumulou 3,85% nos últimos 12 meses até novembro, somado a um crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. Essa nova política de valorização do salário mínimo foi aprovada pelo governo e promulgada em agosto, após tramitação na Câmara dos Deputados e no Senado.
Com esse reajuste, espera-se que os trabalhadores tenham um poder de compra maior, contribuindo para a melhoria das condições de vida e o enfrentamento dos desafios econômicos enfrentados pela população.
Impactos do salário mínimo!
O aumento do salário mínimo não apenas impacta os trabalhadores diretamente, mas também tem efeitos significativos em diversos setores da economia. Esse reajuste afeta desde o comércio, onde o aumento do poder de compra dos trabalhadores pode impulsionar o consumo, até a previdência social, pois os benefícios previdenciários muitas vezes são vinculados ao salário mínimo.
Ao garantir um ganho real de 3%, ou seja, um aumento acima da inflação, o reajuste do salário mínimo contribui para fortalecer as condições financeiras dos trabalhadores. Isso significa que os trabalhadores terão um aumento real em seu poder de compra, o que pode melhorar sua qualidade de vida e proporcionar uma maior capacidade de atender às suas necessidades básicas e de suas famílias.
Contribuição dos MEIs
Os microempreendedores individuais (MEI) foram um dos grupos afetados pelo reajuste. Os valores que eram de R$ 66,10 a R$ 71,10 em 2023, passarão a variar de R$ 70,60 a R$ 76,60, a depender do ramo de atividade. Para os MEI caminhoneiros, o recolhimento subiu de R$ 169,44 para R$ 175,44. Os novos valores serão cobrados a partir dos boletos com vencimento em 20 de fevereiro.
INSS e CadÚnico
A contribuição para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) também aumentou. Agora, quem recebe o piso vai desembolsar 7,5% do salário mínimo, o que equivale a R$ 105,90 mensais. Para quem ganha acima do piso, os percentuais de 9%, 12% ou 14% serão sobre a remuneração mensal.
O reajuste do salário mínimo afetou ainda o CadÚnico, Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. As famílias consideradas de baixa renda possuem renda mensal per capita inferior a meio salário mínimo. Com o novo salário, a linha da pobreza subiu de R$ 660 por pessoa (2023) para R$ 706 em 2024. E a renda familiar total para estas famílias, que não deve ultrapassar três salários mínimos, aumentou de R$ 3.960 para R$ 4.236.
Ganho real e Inflação
Apesar desses aumentos, ao descontar a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o salário mínimo teve ganho real de 5,77% em relação a maio de 2023, quando passou a vigorar o mínimo de R$ 1.320. Se considerado o salário mínimo de R$ 1.302, que vigorou de janeiro a abril, o ganho real foi menor, de 4,69%. Isso aconteceu, pois o INPC, que mede a inflação para famílias de menor renda (até cinco salários mínimos), encontrava-se em um patamar mais elevado no início do ano passado.
Com todas essas alterações, é importante ficar atento aos impactos do salário mínimo na economia do país, além de como isso afeta diretamente o bolso da população.









