O Nubank (#ROXO34, antigo NUBR33) estreou na carteira recomendada 10SIM do BTG Pactual — que reúne as 10 ações com maior potencial de crescimento para o mês — para este mês de fevereiro.
Para os analistas do banco, “o crescimento dos empréstimos no Brasil continua a expandir-se rapidamente, aumentando a rentabilidade, enquanto o número de clientes e depósitos no México aumenta”, o que amplia as perspectivas de crescimento do roxinho.
Esse é o segundo BDR (ativos que representam ações de bolsas estrangeiras) na composição da carteira, que já conta com os papéis do argentino Mercado Livre (#MELI34).
Aposta no risco
Segundo o BTG, tanto a entrada do Nubank quanto a da Cyrela aumentam o “risco geral da carteira”, ainda mais com a saída das consolidadas Embraer e Vibra.
O BTG pode estar tentando aproveitar a temporada de balanços para impulsionar seus resultados, que foram de -0,9% em janeiro. Apesar do desempenho negativo, a carteira ficou acima do Ibovespa, que caiu 4,8% no mês.
Para a Cyrela, o banco acredita que os resultados operacionais apresentados foram “consistentes” e que “o cenário mais favorável à frente (taxas de juros em queda) poderia impulsionar ainda mais os resultados em 2024”.
Setor de Energia
No setor de energia, o BTG substituiu a Eletrobras pela Equatorial. O banco acredita que as ações ELET6 já tiveram um com desempenho desde a entrada no portfólio e está na hora de realizar ganhos.
Quanto a Equatorial, o banco afirma que a empresa “é negociada a uma TIR real de 10,5% (prêmio de 486ps para os títulos de 10 anos do Brasil vs. uma média histórica de 400bps)” e tem boas oportunidades de crescimento.
O cenário macro
O BTG Pactual atribui grande parte da queda do Ibovespa em 2024 ao comportamento das taxas de juros dos EUA, que aumentaram para 4,0% em novembro.
Em janeiro, os investidores estrangeiros retiraram 4,8 bilhões da Bolsa brasileira, pautados nos aumentos nas taxas de 10 anos dos EUA – tornado-as mais atrativas, visto a maior recompensa com menos risco.
O BTG vê esse momento como temporário e acredita que, principalmente com a queda nos juros brasileiros a “expectativa é de que a atratividade das ações locais aumente, impulsionando um retorno significativo de investimentos nos próximos meses”.
Apesar do cenário fiscal ainda ser uma preocupação, com possíveis mudanças na meta de déficit primário, o BTG Pactual destaca a atratividade das ações brasileiras, negociadas a 8x P/L projetado para os próximos 12 meses, com um ROE estimado em 18,8% em 2024. Comparado a outros mercados emergentes, o Brasil se destaca, oferecendo retornos sólidos a um valuation mais acessível.
Como ficou a carteira?
