Com a segunda queda consecutiva nos lucros, o Bradesco viu suas ações (#BBDC4) despencarem na Bolsa. E, com a desvalorização do “bancão”, o BTG Pactual (#BPAC11) firma-se como o segundo maior banco do Brasil, em valor de mercado.
Nesta quinta-feira (8), o BTG amanheceu com o valor de mercado de R$ 162,74 bilhões, enquanto o Bradesco vale, na Bolsa, R$ 138,96 bilhões. O Itaú (#ITUB4) segue na liderança, com R$ 312,44 bilhões.
O BTG está numa crescente de lucratividade desde 2020, assim como o Itaú. Veja, abaixo, o levantamento feito pela Etos Ayta Consultoria, considerando os 4 maiores bancos do mercado listados na B3.
O lucro do BTG Pactual, inclusive, já chegou a passar o Santander, com R$ 9,9 bilhões de lucro líquido, em comparação aos R$ 8,8 registrados pelo rival.
Somados, bancos têm queda de 9,4% no lucro em 2023
Neste ano, o lucro líquido dos bancos privados listados na B3 caiu 9,4% em 2023, na comparação anual.
Enquanto Itaú e BTG registraram crescimento nos lucros, de 26,6% e 10,2%, respectivamente, Santander teve queda de 38,2% e Bradesco de -31,6%.
São as maiores quedas individuais desde 2011.
Veja um resumo dos balanços individuais de cada banco:
Balanço do Bradesco
O Bradesco divulgou hoje um lucro líquido recorrente de R$ 2,878 bilhões no último trimestre de 2023, apresentando um expressivo aumento de 80,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No entanto, os resultados anuais revelaram um lucro líquido recorrente de R$ 16,297 bilhões, indicando uma redução de 21,2% em relação a 2022, devido à pressão da inadimplência de empréstimos, especialmente até meados do ano anterior.
A carteira de crédito do Bradesco encerrou o trimestre em R$ 877,285 bilhões, destacando-se o aumento nas operações para pessoas físicas, mas a inadimplência cresceu, atingindo 5,1% em atrasos acima de 90 dias.
Balanço do BTG
O BTG Pactual (BPAC11) reportou um lucro líquido de R$ 2,7 bilhões no último trimestre de 2023, apresentando um aumento de 65,9% em comparação com o mesmo período de 2022.
No acumulado do ano, o lucro líquido ajustado alcançou R$ 10,4 bilhões, representando um crescimento anual de 25%. As receitas totais do banco atingiram R$ 5,65 bilhões no quarto trimestre, marcando um aumento de 56% em relação a 2022.
Balanço Itaú
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O Itaú surpreendeu analistas ao divulgar um lucro de R$ 9,4 bilhões no último trimestre de 2023, apresentando um aumento de 4% em relação ao trimestre anterior e notáveis 23% no acumulado do ano.
O resultado superou as expectativas do mercado, que estimavam altas de 1% a 3%, destacando-se pela qualidade dos números, com a margem financeira e as receitas de prestação de serviço superando as projeções.
O banco também anunciou a distribuição de R$ 11 bilhões em dividendos, equivalente a R$ 1,1251 por ação, com data ex em 22 de fevereiro e pagamento em 3 de março. Além disso, juros sobre capital próprio (JCPs) já declarados serão pagos em 8 de março, variando entre R$ 0,2693 e R$ 0,24724 brutos por ação, dependendo da data de posse dos papéis.
Balanço Santander
O Santander divulgou um lucro líquido de 2,93 bilhões de euros no último trimestre de 2023, superando as previsões dos analistas e marcando um aumento de 28% em relação ao mesmo período de 2022, conforme dados divulgados pela Visible Alpha.
A receita total do maior banco da Espanha atingiu 14,55 bilhões de euros no último trimestre, representando um aumento de 8% em relação ao ano anterior, mas ficando ligeiramente abaixo das expectativas dos analistas, que aguardavam uma receita de 14,58 bilhões de euros.
Embora o resultado positivo no lucro sugira uma gestão eficiente de custos ou uma carteira de crédito resiliente, a receita abaixo das expectativas pode gerar preocupações quanto ao crescimento sustentável do banco. A análise da receita líquida de juros, que alcançou 11,12 bilhões de euros nos últimos três meses de 2023, também merece atenção dos investidores.
