A Central de Recebíveis (CERC) tomou a decisão de cortar 26 pessoas de seu quadro de funcionários (que eram 220, antes das demissões). A medida denota preocupações com o cumprimento das metas estabelecidas pelo Mubadala Capital, que aportou R$ 350 milhões na companhia — mas não se tornou controladora da mesma.
Em nota enviada ao Monitor do Mercado, a CERC disse que os desligamentos foram “o equivalente a 10% do seu quadro de funcionários, em decorrência do seu processo de avaliação de desempenho anual”.
Investimento anterior
Durante o ano passado, a empresa recebeu um investimento significativo de R$ 350 milhões do Mubadala Capital. Agora, a companhoa prevê um novo investimento, no montante de R$ 200 milhões em 2024. Este movimento reflete uma pressão por resultados financeiros alinhados aos investimentos recebidos.
Impacto da Resolução 175
Além das demissões, a empresa sente o adiamento da entrada em vigor do novo marco regulatório dos fundos de investimento (chamado de ‘Resolução 175’) da CVM, cujo impacto financeiro direto na CERC é estimado em R$ 5 milhões.
Entenda a situação
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) prorrogou os prazos estabelecidos na Resolução 175, permitindo maior tempo para adaptação às novas regras. Os principais prazos prorrogados incluem:
- Adaptação do estoque de fundos em funcionamento: o prazo foi estendido de 31/12/2024 para 30/6/2025.
- Adaptação do estoque de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC): o prazo passou de 1/4/2024 para 29/11/2024.
- Entrada em vigor do § 1º do art. 140 (taxa máxima de distribuição): o prazo foi adiado de 1/4/2024 para 1/11/2024.
- Entrada em vigor dos §§ 2º e 4º do art. 140 (classe e subclasse, e acordo de remuneração): o prazo foi estendido de 1/4/2024 para 1/10/2024.
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