São Paulo, 22 de maio de 2023 – A XP destaca a possibilidade de que a presidência do conselho
de administração do Banco do Brasil fique novamente vaga caso o atual secretário-executivo do
Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, tenha sua nomeação para compor a diretoria do Banco
Central aprovada. Neste caso, ele deverá deixar a posição devido ao conflito de interesse nas
funções. Ele foi eleito em 12 de maio, em substituição de Iêda Cagni, e indicado pela
presidente do BB, Tarciana Medeiros.
"Embora reconheçamos a vasta experiência financeira e qualificações técnicas que tornam o
Gabriel Galípolo adequado para o cargo, notamos que existe a possibilidade dele renunciar em breve
caso sua nomeação para compor a diretoria do Banco Central seja aprovada."
Na nota, a XP destaca a governança do BB ("possui suas ações no Novo Mercado da B3, o mais
alto padrão de governança corporativa da Bolsa, e conta com uma recém nomeada primeira Presidente
mulher à frente do banco estatal"), mas comenta que, apesar das instituições financeiras estarem
cada vez mais avançando na agenda ESG, "visando mitigar os riscos, com programas e entregas
sólidas em aspectos ambientais e sociais", "os maiores desafios ainda estão relacionados ao pilar
de governança."
No início de maio, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou as indicações de Gabriel
Galípolo e Ailton Aquino dos Santos para cargos de diretoria no BC, que foram confirmado por dois
despachos enviados ao Senado Federal pela Presidência da República e em publicação no Diário
Oficial da União de 16 de maio. À época, o ministro informou que os nomes seguem no caminho de
"entrosamento das políticas fiscal e monetária".
Galípolo foi indicado para a diretoria de Políticas Monetárias do BC, para substituir Bruno
Serra Fernandes, que deixou o cargo no fim de março. Ele deverá passar por uma sabatina na
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e, se aprovado tanto na CAE quanto no Plenário,
será conduzido ao cargo e, com isso, deverá renunciar do cargo de presidente do conselho do BB.
Cynara Escobar / Agência CMA
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