Os pedidos de recuperação judicial (RJ) subiram 43,1% em abril, segundo o indicador da Serasa Experian. Os termos “renegociação de dívida” e “negativação” também atingiram níveis máximos de buscas no Google, aponta ANBC.
A onda de recuperações, do começo do ano para cá, atingiu grandes empresas. Americanas, Oi, Grupo Petrópolis e Samarco pediram o auxílio da Justiça para ajustar as contas com seus credores.
Os motivos, em geral, são parecidos: alta de custos, diminuição do poder de compra do consumidor, inflação e taxa de juros.
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“O constante crescimento da lista de companhias negativadas mostra que a instabilidade econômica ainda é um desafio para os empreendedores. Dessa forma, abalados financeiramente, é inevitável que muitos acabem recorrendo aos processos de recuperação judicial para tentar renegociar e evitar a falência, ainda que alguns acabem tomando esse fim de qualquer modo”, diz Luiz Rabi, economista da Serasa Experian.
Em abril, foram 93 pedidos de RJ, sendo 11 de grandes negócios, em comparação com 64 pedidos no mesmo mês de 2021.
As pequenas e micro empresas lideram as solicitações, já que possuem uma margem menor para lidar com efeitos macroeconômicos no seu negócio.
Mas isso não significa que as grandes empresas estão conseguindo gerenciar os efeitos a longo prazo.
A Tok&Stok, conhecida loja de móveis e decoração, e a varejista Amaro montaram acordo com credores em uma recuperação extrajudicial, ou seja, que não passa pelos trâmites do judiciário.
A própria Magazine Luiza, que divulgou aumento de 142% no prejuízo líquido nesta terça-feira (6), afirmou que a alta das despesas financeiras foi uma das principais culpadas do resultado negativo.
“Em relação ao mesmo período do ano anterior, as despesas aumentaram 2,1 ontos percentuais devido ao aumento da taxa de juros na economia brasileira ao longo do ano – a taxa SELIC passou de 9,25% a.a. no começo de janeiro de 2022 para 13,75% a.a. no final de março de 2023”, disse a Magalu, em comunicado.
Imagem: piqsels.com










