As bolsas de Nova York encerraram o dia em queda devido às crescentes preocupações geopolíticas relacionadas ao conflito entre Irã e Israel. Os índices, que chegaram a abrir em alta, foram pressionados por novas indicações de Tel Aviv sobre uma possível retaliação ao ataque iraniano do último sábado.
Um dos principais receios é o potencial impacto desse conflito nos preços do petróleo, o que poderia gerar pressões inflacionárias e influenciar as políticas mais restritivas do Federal Reserve (Fed). Além disso, uma forte alta nos juros dos Treasuries também exerceu pressão sobre os ativos.
Os juros da nota de 10 anos atingiram suas máximas em 2024, flutuando em torno de 4,63%, à medida que os traders reduziam as apostas na profundidade dos cortes de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) este ano.
Desempenho dos índices:
- Dow Jones cai 0,65% (37.735,24 pontos);
- S&P 500 recua 1,20% (5.061,82 pontos);
- Nasdaq perde 1,79% (15.885,02 pontos)
Tensões no Oriente Médio
Hoje, o foco dos investidores esteve nas especulações sobre os desdobramentos das tensões no Oriente Médio, após o chefe das Forças Armadas israelenses prometer uma resposta ao ataque ocorrido no fim de semana. Essas preocupações eclipsaram a divulgação dos resultados de empresas, como o forte desempenho do Goldman Sachs.
Vendas do varejo
Dados divulgados hoje mostraram que as vendas no varejo em março aumentaram 0,7% em relação ao mês anterior. A leitura superou as expectativas dos economistas de um aumento de 0,4%, sinalizando que os consumidores continuaram a gastar apesar de um ambiente de taxas de juros mais altas.
Balanços do Goldman Sachs
O Goldman Sachs registrou um lucro líquido de US$ 4,13 bilhões no primeiro trimestre de 2024, um aumento de 28% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esses resultados superaram as expectativas, impulsionando as ações da empresa em 2,92%.
Entretanto, a temporada de balanços do primeiro trimestre não atraiu muito interesse dos investidores. Na última sexta-feira, o S&P 500 teve sua pior perda diária desde janeiro, com queda de 1,4%, encerrando a semana com baixa de 1,5%, o pior retorno semanal desde outubro passado.
Anúncio da Tesla sobre demissões
Elon Musk anunciou internamente que a Tesla demitirá “mais de 10%” dos funcionários globalmente. Essas demissões seguem um declínio nas vendas de veículos da empresa no primeiro trimestre, ficando aquém das expectativas. No mercado, as ações da Tesla recuaram 5,59%.
Com informações da Agência CMA