As bolsas de Nova York encerraram o dia em queda nesta quarta-feira (17). A desvalorização foi desencadeada por resultados decepcionantes da empresa holandesa ASML, que produz máquinas essenciais para a fabricação de semicondutores. Este desempenho fraco desencadeou uma onda de vendas no setor de chips semicondutores, afetando a confiança dos investidores.
Resultado dos índices:
- Dow Jones cai 0,12% (37.752,52 pontos);
- S&P 500 recua 0,58% (5.022,19 pontos);
- Nasdaq perde 1,15% (15.683,37 pontos)
ASML e setor de semicondutores
A ASML registrou uma queda significativa de 7,09% após divulgar uma redução nas encomendas de chips no primeiro trimestre. A empresa fornece equipamentos de litografia vitais para a produção de semicondutores, sendo uma peça-chave para empresas como a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSM). A desaceleração nas encomendas reflete, em parte, uma pausa nas atividades de compra da TSM e Samsung, enquanto trabalham para reduzir os estoques de hardware utilizados em smartphones, computadores e veículos.
Este impacto se estendeu a outras empresas do setor. A Nvidia caiu 3,87%, a AMD teve uma queda de 5,78%, e a Qualcomm perdeu 2,53% no fechamento do mercado.
Outros movimentos do mercado
Em contrapartida, a United Airlines apresentou um ganho impressionante de mais de 17% após anunciar um prejuízo menor do que o esperado. Isso influenciou positivamente o setor de companhias aéreas, com American Airlines subindo 6,60% e Delta ganhando 2,86%.
Tensões geopolíticas e Fed
Além das preocupações com o setor de semicondutores, os investidores mantêm cautela devido às perspectivas de política monetária nos Estados Unidos. O Livro Bege do Federal Reserve (Fed) indicou uma expansão econômica leve desde dezembro, mantendo os mercados em alerta. Enquanto isso, as tensões geopolíticas, incluindo as incertezas em relação ao Irã e Iraque, continuam sendo monitoradas, com potencial para impactar a estabilidade global.
Outro contratempo veio ontem, quando os comentários pessimistas do presidente do Fed, Jerome Powell, sobre a inflação levaram alguns a reajustar suas apostas de um corte em setembro para dezembro.
Com informações da Agência CMA