O dólar comercial fechou em alta de 0,35%, cotado a R$ 5,1487, após três dias consecutivos de queda. Durante a sessão, a moeda refletiu a valorização dos títulos do tesouro norte-americano — os treasuries. A questão fiscal doméstica e a inflação PCE nos Estados Unidos, na sexta-feira (26), ficam no radar dos investidores.
Tendências no mercado cambial
O cenário externo teve influência determinante na taxa de câmbio, apesar das preocupações com o quadro fiscal doméstico. Dados robustos de encomendas de bens duráveis nos EUA em março superaram expectativas, compensando leituras mais suaves dos PMIs da S&P Global em abril. Esses dados fortaleceram a expectativa de uma redução mais moderada das taxas de juros pelo Federal Reserve neste ano.
Desempenho do dólar e do real
Com máxima pela manhã atingindo R$ 5,1718, o dólar à vista fechou o dia em alta de 0,35%, cotado a R$ 5,1482. Na semana, a moeda acumula leve baixa de 0,98%, mas registra valorização de 2,65% no mês de abril.
O real apresentou desempenho melhor em comparação com outras moedas emergentes, como o peso mexicano e colombiano, e o rand sul-africano. Destaque para a recuperação do peso chileno, impulsionado pelo aumento dos preços do cobre ao longo de abril.
Flavio Serrano, economista-chefe do banco Bmg, avaliou que as treasuries impactam na alta do dólar porque refletem preocupação global com o início da flexibilização dos juros nos Estados Unidos.
“O dólar está se fortalecendo contra várias moedas, em especial as emergentes, e o México sofre até mais”.
Contexto político
Enquanto isso, em Brasília, a atenção se volta à pauta econômica, com destaque para o envio da reforma tributária ao Congresso e a tramitação de propostas que podem implicar em aumento de gastos. Arthur Lira, presidente da Câmara, indicou que a PEC do Quinquênio, com impacto significativo nos cofres públicos, não tem chances de prosperar na Casa.
*Com informações da Agência CMA