O Ibovespa, principal índice da Bolsa, teve um pregão de alívio e apetite ao risco, fechando em forte alta de 1,51%, aos 126.526,27 pontos, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) comportado e com a inflação PCE nos Estados Unidos em linha com o consenso do mercado.
O avanço das ações foi generalizado, poucas ações caíram e o destaque ficou para os papéis sensíveis a juros — varejo, construção, logística.
Na semana, o índice subiu 1,12%. No ano, o índice ainda acumula uma perda de 5,71% no ano.
Inflação no Brasil e nos EUA
Mais cedo, o Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o IPCA-15, que subiu 0,21%, abaixo do consenso de +0,27%. A inflação PCE nos Estados Unidos registrou alta de 0,3% em março.
Na visão de Nicolas Farto, sócio e head de renda variável da Vértiq Invest, a inflação PCE dos Estados e o IPCA-15 no Brasil trouxe alívio ao mercado.
“Esse movimento positivos da Bolsa são porque o mercado já precificava uma pressão mais forte, então muito disso já estava no preço e com a divulgação dentro do que a gente imaginava, parece que o mercado aliviou um pouco. Parece que terá só um corte de juros esse ano, como mostra no CME, que seria em setembro. Está melhor que ontem, que indicava manutenção. Em relação ao IPCA-15 veio melhor e está fazendo preço, alivia nossa curva de juros somado à melhora nas tensões políticas no Congresso”, disse.
Cenário corporativo
Na sessão, a maioria das ações do Ibovespa apresentaram ganhos, com destaque para empresas como Vale (0,84%), Petrobras (2,82% e 2,19%), Itaú (1,67%) e Bradesco (1,61%).
As maiores altas do dia ficaram com Azul (5,96%), MRV (5,53%) e Hypera (5,16%). Do outro lado, entre as maiores baixas, tivemos Pão de Açúcar (-2,47%), Casas Bahia (-1,45%) e Suzano (0,53%).
Curva de juros
A análise da curva de juros indica que, apesar da recuperação parcial, ainda há desafios no mercado brasileiro. Comparativamente a outros mercados latino-americanos, o cenário para o Brasil não é tão favorável, com investidores analisando fundamentos como os fiscais para tomar decisões de investimento.
*Com informações da Agência CMA