O mercado europeu encerrou o dia sem uma direção clara, com investidores atentos aos dados econômicos da região e à postura do Banco Central Europeu (BCE).
Hoje, o destaque ficou com o índice de preços ao consumidor (CPI) na Alemanha mostrou uma persistência na inflação, o que gerou incertezas em relação à política monetária na zona do euro. Além disso, a temporada de divulgação de balanços segue em foco.
Resultados dos índices:
- FTSE-100 (Londres): +0,09%, 8.147,03 pontos;
- DAX-30 (Frankfurt): -0,16%, 18.131,78 pontos;
- CAC-40 (Paris): -0,29%, 8.065,15 pontos;
- FTSE MIB (Milão): +0,14%, 34.296,3 pontos;
- IBEX-35 (Madri): -0,48%, 11.100,80 pontos;
- SMI-20 (Zurique): -0,11%, 11.332,36 pontos;
- PSI-20 (Lisboa): +1,03%, 6.680,62 pontos.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou o dia com leve alta de 0,11%, atingindo 508,52 pontos.
Dados de inflação e expectativas do BCE
No entanto, o CPI da Alemanha permaneceu estável em abril, em 2,2%, sem variação em relação a março, segundo dados preliminares divulgados pelo Destatis. Em termos mensais, houve um aumento de 0,5% no CPI alemão em abril.
O aumento da inflação na Alemanha levanta questões sobre os próximos passos do Banco Central Europeu (BCE) em relação à política monetária. O ING observa que trazer a inflação de forma sustentável para a meta de 2% será um desafio. Apesar disso, o mercado continua a especular sobre a possibilidade de cortes nas taxas na próxima reunião do BCE em junho.
Declarações do dirigente do BCE geram expectativas
Pierre Wunsch, dirigente do BCE, adverte sobre a necessidade de cautela diante do cenário econômico, com a inflação ainda em patamares elevados. Ele ressalta que uma redução nos juros em junho não é garantida e que espera ver mais dados antes de tomar decisões. Wunsch menciona a possibilidade de ao menos dois cortes de juros este ano, mas expressa surpresa com a hipótese de um corte maior que 25 pontos-base em junho.
Mercado espanhol sofre com incertezas políticas
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, reitera sua permanência no cargo, após enfrentar dias de reflexão sobre sua liderança, em meio a investigações de corrupção envolvendo sua esposa.
Movimentações empresariais
No cenário corporativo, as ações da Philips registraram uma alta de 29% após a gigante holandesa de dispositivos médicos chegar a um acordo de US$ 1,1 bilhão em um processo nos Estados Unidos relacionado ao recall de dispositivos usados no tratamento da apneia do sono.
Segundo informações da Reuters, a BHP está considerando melhorar sua oferta pela Anglo American, após ter sua proposta inicial de US$ 39 bilhões rejeitados. Em Londres, a Anglo American registrou um aumento de 3,54%.
No cenário dos balanços corporativos, a Vivendi reportou um crescimento de mais de 5% em sua receita no primeiro trimestre. No entanto, as ações do grupo de mídia francês caíram 0,12% em Paris.
Já as ações da Atos, da França, subiram 19% após a confirmação de que o governo francês havia feito uma oferta por três divisões estrategicamente importantes da empresa: computação avançada, sistemas críticos e produtos cibernéticos.
*Com informações da Agência CMA