Com a proximidade do feriado, investidores locais optaram por precaução adicional, de olho na decisão de juros nos Estados Unidos. Espera-se que não haja alteração na taxa, mas a atenção está voltada para o discurso do presidente do Federal Reserve após a decisão.
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Queda nos ativos de risco e alta nos juros futuros
A expectativa de um possível direcionamento na fala do Federal Reserve levou os investidores a realizarem vendas, resultando em queda nos ativos de risco globalmente e aumento nos juros futuros em importantes praças financeiras.
Desempenho nos mercados americanos
Nos Estados Unidos, onde os mercados operam normalmente amanhã, houve uma queda significativa. O índice Dow Jones recuou 1,5%, o S&P500 1,6% e o Nasdaq, que concentra empresas de tecnologia, caiu mais de 2%.
Agravante com dados de custo trabalhista
O mercado reagiu negativamente aos dados de custo trabalhista nos EUA, que subiram mais do que o esperado, sugerindo um mercado de trabalho aquecido e pressionando potencialmente a inflação.
Fortalecimento do dólar
Em busca de segurança, os investidores fortaleceram o dólar, que subiu em relação a outras moedas. Contra o real brasileiro, o dólar quebrou a sequência de quedas, fechando em alta de 1,5% a R$ 5,19.
Impacto no mercado brasileiro
Com o clima de cautela no exterior, o mercado brasileiro acompanhou a tendência de queda, revertendo os ganhos dos últimos pregões. O Ibovespa fechou em baixa de 1,12%, registrando o segundo mês consecutivo de queda, com uma redução de 1,7% em abril.
Dados econômicos locais
No cenário local, os dados de desemprego mostraram um aumento de 7% para 7,9% no primeiro trimestre, ficando abaixo das expectativas do mercado. Isso reflete um mercado de trabalho resiliente, com criação de 244 mil postos de trabalho somente em março.
Expectativas para o Banco Central
O Comitê de Política Monetária do Banco Central, que se reunirá na próxima semana para decidir sobre a taxa Selic, enfrenta um cenário desafiador. A crescente pressão fiscal do governo gera incertezas sobre a trajetória da política monetária.