O Ibovespa, principal índice da nossa Bolsa, fechou em alta de 0,58%, aos 129.210,48 pontos — maior patamar desde 9 de abril, quando se aproximava dos 129,9 mil pontos.
A alta foi impulsionada pela expectativa do mercado em relação à decisão sobre a taxa básica de juros (Selic) — atualmente em 10,75% ao ano — pelo Copom (Comitê de Política Monetária) amanhã (8). Os investidores também seguem de olho na temporada de balanço do primeiro trimestre de 2024. As ações de peso também ajudaram no bom desempenho do índice.
Na semana, o índice avança 0,55%, enquanto no acumulado do mês registra um ganho de 2,61%, reduzindo as perdas no ano para 3,71%
Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos, disse que a Bolsa conseguiu se recuperar diante do exterior, com os resultados corporativos vindo melhores do que o esperado.
“O Ibovespa tirou um pouco do atraso recente em relação aos pares internacionais, puxado por melhores percepções para drivers que o pressionaram neste período, além de balanços trimestrais melhores que as expectativas e o bom desempenho das empresas de maior peso na composição do índice”.
Cenário corporativo
No pregão de hoje, as ações das gigantes ajudaram na alta do índice, mesmo com a queda nos preços do petróleo e do minério de ferro. A Petrobras (ON e PN) avançou 2,42% e 1,22%, respectivamente, e a Vale (ON) subiu 0,62%. O Itaú também foi destaque, subindo 2,06%, após divulgar seus resultados ontem (6) —registrou R$ 9,8 bilhões no primeiro trimestre de 2024, alta anual de 15,8%.
Entre as maiores altas do dia ficaram Vamos (+13,05%), Rede D´Or (+9,33%) e Hapvida (+4,12%). No lado oposto, entre as maiores baixas, ficaram Suzano (-12,27%), IRB (-8,77%) e TIM (-6,20%).
A Vamos (VAMO3) refletiu ao seu balanço, que registrou lucro líquido de R$ 183 milhões, alta anual de 8,2%, e agradou o mercado.
As ações da Suzano (SUZB3) lideraram a queda do índice em razão de uma oferta pública que a empresa fez à International Paper (IP) de quase US$ 15 bilhões, equivalente a US$ 42 por ação da empresa e não agradou o mercado porque a oferta é praticamente o valor de mercado da Suzano.
*Com informações da Agência CMA