O Grupo Casas Bahia (BHIA3) apresentou seu balanço do primeiro trimestre de 2024, revelando um prejuízo líquido de R$ 261 milhões. Esse valor representa uma queda de 12,2% em relação ao prejuízo registrado no mesmo período do ano anterior.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 387 milhões, sofrendo uma queda significativa de 42,6% em comparação anual. A margem Ebitda ficou em 6,1%, apresentando uma redução de 3,1 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior.
A companhia destacou que, apesar da queda anual na margem Ebitda, houve uma melhora sequencial de 7,1 pontos percentuais em relação ao terceiro trimestre de 2023 e 3,9 pontos percentuais em relação ao quarto trimestre do mesmo ano. Isso indica uma tendência de retorno aos patamares históricos.
Vale ressaltar que os resultados do primeiro trimestre de 2023 foram impactados positivamente por créditos tributários, o que, se excluídos, reportariam margens Ebitda ajustadas semelhantes às do primeiro trimestre de 2024, mesmo com a queda nas vendas.
Receita líquida e desempenho das operações
A receita líquida totalizou R$ 6,3 bilhões, registrando uma queda de 13,7% em relação ao primeiro trimestre de 2023. O desempenho da receita bruta de mercadorias foi afetado pelo recuo do volume bruto de mercadorias (GMV) nas operações online e em lojas físicas, com uma variação negativa de 16,9%. Por outro lado, a receita de serviços cresceu 10,4%, impulsionada pela maior penetração de vendas de seguros, garantia estendida e montagem, enquanto a receita de soluções financeiras aumentou 4,5%.
O lucro bruto alcançou R$ 1,9 bilhão, com uma margem bruta de 30%, representando uma redução de 1,4 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2023. No entanto, houve uma recuperação em comparação com os trimestres anteriores de 7,0 pontos percentuais em relação ao terceiro trimestre de 2023 e 2,4 pontos percentuais em relação ao quarto trimestre do mesmo ano.
Desafios e estratégias no segmento de lojas físicas e online
O GMV bruto das lojas físicas registrou uma redução de 11,5%, refletindo um cenário de menor demanda e restrições de crédito para os consumidores, além do fechamento de algumas lojas. Já o GMV online apresentou uma queda de 22,0%, atribuída a menor investimento no canal B2B e a um ambiente de mercado mais desafiador para compras online.
Endividamento e investimentos
A dívida bruta da empresa foi de R$ 4 bilhões, excluindo o passivo de CDCI e fornecedor convênio. A dívida líquida ajustada foi de R$ (1,1) bilhão, com índices de alavancagem em patamares inferiores aos covenants financeiros. No primeiro trimestre de 2024, os investimentos totalizaram R$ 34 milhões, principalmente direcionados para projetos de tecnologia e digitalização.
*Com informações da Agência CMA