O Ibovespa, principal índice da nossa Bolsa, fechou em queda de 1%, aos 128.188,34 pontos, contrariando o otimismo externo.
Mesmo com o Comitê de Política Monetária (Copom) cortando, ontem, a taxa básica de juros (Selic) para 10,50% ao ano, a divisão dos votos na reunião gerou incerteza nos investidores sobre os próximos passos do Banco Central.
Na reunião, 4 membros do Comitê votaram pela redução de 0,5 pp e 5 pelo corte de 0,25pp, com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, desempatando a votação.
Fabio Louzada, economista e fundador da Eu me banco, disse que a Bolsa caiu após decisão do Copom.
“A divergência entre os membros do Copom estressou a bolsa e os juros. O Comitê não seguiu o forward guidance da última reunião de março, em que era previsto um corte maior, de 0,50 ponto percentual. No comunicado, o Copom destacou preocupações com o cenário global e com a atividade econômica mais aquecida por aqui”, explicou.
Além disso, fatores como o quadro fiscal brasileiro, que se deteriorou recentemente, e os efeitos da catástrofe natural no Rio Grande do Sul, que devem afetar a oferta de produtos, contribuem para um cenário de maior incerteza com relação a juros e inflação.
A queda só não foi pior, porque a Vale subiu 0,81% e a Petrobras subiu 1,76% e 0,97%, ajudando a amenizar o impacto no índice.
Cenário corporativo
Hoje, a forte queda de bancos como Santander (2,02%), Banco do Brasil (4,37%), Itaú (3%) e Bradesco (2,61%; 2,54%), contribuiu para o fechamento negativo.
Entre as maiores altas ficaram Locaweb (+4,06%), Minerva (+2,63%), Rede D’Or (+2,54%). Por outro lado, entre as maiores baixas, ficaram 3R Petroleum (-6,67%), Lojas Renner (-6,47%) e Ultrapar (6,34%).
*Com informações da Agência CMA
