Na esteira da decisão do Banco Central do Brasil sobre a taxa básica de juros, a Selic, os investidores foram surpreendidos por uma redução de 0,25 pontos percentuais, contrariando projeções anteriores de um corte mais agressivo. Essa medida, que levou a taxa para 10,25% ao ano, gerou um cenário de incertezas nos mercados.
O episódio de hoje já está no ar, nas principais plataformas de podcasts. Basta clicar na sua plataforma preferida para ouvir: Spotify; Deezer; Amazon Music; Google Podcasts; Anchor. Ou ouvir clicando no final da matéria:
Divisão no Comitê e expectativas alteradas
A decisão do Banco Central foi precedida por uma série de expectativas e projeções. Inicialmente, após a última reunião, havia a indicação de um corte de 0,5 pontos percentuais. Contudo, mudanças no cenário econômico global, especialmente nos Estados Unidos, levaram a uma revisão dessas projeções.
Impacto nos mercados financeiros
O mercado reagiu de forma imediata à decisão do Banco Central, com os juros futuros registrando um aumento significativo. Os contratos mais longos subiram entre 1% e 1,5%, aumentando a inclinação da curva de juros.
Esse movimento refletiu diretamente na Bolsa de Valores, com o Ibovespa caindo cerca de 1%.
No mercado cambial, o dólar registrou uma alta em relação ao real, fechando o dia em R$ 5,14 no mercado à vista, um aumento de 1,01%.
Setores sensíveis
Alguns setores específicos foram particularmente afetados pela decisão, especialmente aqueles mais sensíveis às taxas de juros, como o varejo e a construção civil. Empresas do setor de varejo registraram quedas expressivas, com destaque para o caso das Lojas Renner, que sofreram uma desvalorização de quase 7%.