A inflação da Argentina caiu para 8,8% em abril — a quarta queda consecutiva e a primeira com apenas um dígito. Em março, a inflação sido de 11%.
Nos últimos 12 meses, a inflação bateu 289,4%, o maior valor em décadas. No mês passado, a soma anual havia atingido 287,9%.
Os dados são do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (INDEC, na sigla em espanhol) publicados ontem, terça-feira (14).
Entre os setores, Moradia, Água e Energia (35,6%) registrou a maior variação, seguida de Comunicação (14,2%), Vestuário e Calçados (9,6%) e Saúde (9,1%).
“Gol” de Milei
Também ontem (14), o presidente da Argentina, Javier Milei, comemorou o feito em publicação no X (antigo Twitter) “gritando” gol.
O motivo da comemoração é que, em dezembro, quando Milei assumiu a presidência, a inflação bateu o pico em 25,5%. Com o comando de Milei, a inflação desacelerou para apenas um dígito e o S&P Merval, a Bolsa da Argentina, subiu quase 50%.
Bolsa da Argentina
No fechamento de 7 de dezembro, antes de Milei assumir, o S&P Merval fechou aos 941.830 pontos. Ontem, com a divulgação da inflação, a Bolsa fechou aos 1.409.442 pontos. Em um período de 159 dias (5 meses), o índice subiu 49,18%.
A trajetória ascendente ainda continua. Hoje (15), às 15h (horário de brasília), o S&P Merval sobe 4,12%, aos 1.467.389 pontos.

Novas notas
Para reduzir a variação dos preços, o Banco Central da Nação Argentina lançou, na semana passada, uma nova nota de 10 mil pesos — o equivalente a R$ 58 na cotação atual.
O banco também citou que estuda o lançamento de uma nova nota de 20 mil pesos (R$ 115,90) até o fim do ano.