“Um homem não entra duas vezes no mesmo rio.” A frase de Heráclito ilustra perfeitamente a volatilidade e constante evolução do mercado de ações. Assim como o rio e o homem mudam, as condições do mercado também se transformam rapidamente, tornando obsoletas teses de investimento que antes pareciam promissoras.
TRAD3; CASH3; e NINJ3
Marcos de Vasconcellos, CEO do Monitor do Mercado, e Maria Júlia Baumert, repórter, discutem como empresas jovens que entraram na bolsa recentemente estão enfrentando desafios significativos, forçando-as a reavaliar suas estratégias de investimento. TC (ex-Traders Club), GetNinjas e Méliuz são pautas no novo episódio do “Ligando os Pontos”.
No caso da GetNinjas e da Méliuz, ambas captaram grandes somas de dinheiro, mas encontram dificuldades para utilizar esses recursos conforme planejado.
GetNinjas, que conectava consumidores a prestadores de serviços, viu seu valor de mercado cair drasticamente e optou por devolver parte do dinheiro aos investidores, gerando insatisfação e desconfiança. A Méliuz, focada em cashback, segue um caminho semelhante, anunciando a devolução de R$ 220 milhões aos acionistas.
Mudança de estratégia
Essas atitudes têm levado a uma mudança de controle acionário, com fundos de investimento aumentando suas participações nas empresas, tentando reverter as decisões de devolução de capital e acreditando no potencial de longo prazo das companhias.
Além disso, outras empresas que também fizeram IPOs recentemente estão revisando suas estratégias de investimento e modelo de negócios. Um exemplo é o TC (antigo Traders Club), que começou com uma proposta de plataforma para investidores e agora está diversificando suas atividades.
Esses movimentos ilustram a volatilidade e os riscos associados a novos IPOs, destacando a importância de uma análise cuidadosa e contínua das teses de investimento e das condições de mercado.