Os preços do petróleo registram forte queda no início da tarde desta sexta-feira (5), caminhando para a primeira perda semanal em três semanas. O movimento ocorre diante das expectativas de maior oferta global, após novas notícias de que a Opep+ deve continuar aumentando suas cotas de produção.
A Arábia Saudita, líder do grupo, estaria ditando o ritmo dessa iniciativa, o que intensificou as pressões sobre o mercado.
Às 14h25 (horário de Brasília) o contrato futuro do Brent recua 2,43%, sendo negociado a US$ 65,36 por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI), referência no mercado norte-americano, cai 2,76%, a US$ 61,73. Essa é a terceira sessão consecutiva de desvalorização.
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Queda do petróleo pressiona Ibovespa
Se de um lado o Ibovespa atinge níveis recordes impulsionado por dados de emprego e expectativa de juros nos Estados Unidos, por outro é pressionado pela Petrobras, uma das ações de maior peso no índice.
As ações da estatal concentram as maiores perdas do índice. As ações ordinárias (PETR3) caem 2,58%, cotadas a R$ 32,79, enquanto as preferenciais (PETR4) recuam 2,06%, a R$ 30,42.
Outras companhias do setor de energia também recuaram: Raízen (RAIZ4) cai 1,55%, a R$ 1,27, e Prio (PRIO3) perde 2,03%. Apenas PetroRecôncavo e Brava operaram no campo positivo.

Preços impactam ações de energia nos EUA
O índice de energia do S&P 500 (SPN) cai 2,27%, acompanhando a pressão da commodity. Entre as maiores empresas do setor, Exxon Mobil (XOM) recua 2,65% e Chevron (CVX) caiu 2,20%.
Companhias como ONEOK, Targa Resources, EOG Resources e ConocoPhillips tiveram perdas entre 2% e 2,6%, figurando entre as maiores quedas do setor de energia.
Na área de serviços para campos petrolíferos, Halliburton e Baker Hughes também recuaram, ainda que de forma marginal.
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Estoques e demanda de petróleo preocupam
Dados oficiais nesta manhã mostraram que os estoques de petróleo bruto nos Estados Unidos cresceram em 2,415 milhões de barris, superando expectativas de queda de 2 milhões. Os estoques de destilados também aumentaram, enquanto os de gasolina recuaram.
Essas leituras reforçaram as preocupações com a demanda, especialmente após o fim da temporada de verão, período em que o consumo costuma ser mais elevado.
Outro ponto de atenção foi a produção russa. Apesar dos esforços dos Estados Unidos para dissuadir Índia e Europa de ampliar as compras de Moscou, a Rússia concordou em fornecer pelo menos 2,5 milhões de toneladas métricas de petróleo por ano à China, via Cazaquistão. O acordo deve manter elevada a produção do país..