O setor público consolidado, formado por União, estados, municípios, registrou um superávit primário de R$ 104,1 bilhões em janeiro, superando o resultado de janeiro de 2024, quando o saldo positivo foi de R$ 102,1 bilhões, conforme dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira (14).
Ainda que o mês de janeiro costume apresentar números positivos, esse foi o maior superávit registrado para o mês, desde o início da série histórica.
O superávit primário representa a diferença entre as receitas e as despesas do governo, sem considerar os gastos com juros da dívida pública.
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Desempenho dos entes federativos
O Governo Central, que inclui o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o próprio Banco Central, registrou um superávit de R$ 83,1 bilhões.
Os governos estaduais e municipais também tiveram saldo positivo, atingindo R$ 22 bilhões. Por outro lado, as empresas estatais apresentaram um déficit de R$ 1 bilhão.
Impacto do superávit sobre a dívida pública
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) caiu para 60,8% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 61,2% em dezembro de 2024.
Essa redução foi influenciada pelo superávit primário e pelo crescimento do PIB nominal, apesar do impacto negativo da valorização cambial sobre a dívida externa.
Já a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que engloba os passivos da União, estados e municípios, recuou para 75,3% do PIB, contra 76,1% no mês anterior. O movimento foi favorecido pelo resgate de dívida e pela expansão do PIB nominal.
Gastos do setor público com juros recuam
Os juros nominais apropriados pelo setor público somaram R$ 40,4 bilhões em janeiro, abaixo dos R$ 79,9 bilhões registrados no mesmo mês de 2024.
A queda dos gastos com juros no período foi impulsionada pelo ganho de R$ 36 bilhões em operações de swap cambial (troca de moedas ou ativos), ante uma perda de R$ 10 bilhões no ano anterior.
Em 12 meses, os juros nominais totalizaram R$ 910,9 bilhões, equivalentes a 7,67% do PIB.
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Resultado nominal do setor público
O resultado nominal do setor público consolidado, incluindo as despesas com juros, apresentou superávit de R$ 63,7 bilhões em janeiro, refletindo um superávit de R$ 104,9 bilhões e uma conta de juros de R$ 40,35 bilhões. Um ano antes, foi registrado um superávit de R$ 22,232 bilhões.
No acumulado de 12 meses, o déficit nominal somou R$ 956,5 bilhões, equivalente a 8,05% do PIB, reduzindo-se em relação aos 8,45% do PIB registrados até dezembro de 2024.