A prévia do Produto Interno Bruto (PIB) medida pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) recuou 0,5% em julho na comparação com junho, quando foi registrado um recuo de 0,10%, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (15).
O resultado, puxado principalmente pelo recuo no setor industrial, ficou abaixo da expectativa de economistas, que projetavam uma queda de 0,2%.
Os números também marcam a terceira retração mensal consecutiva do índice, reforçando a desaceleração da atividade econômica.
- Investir em commodities com estratégia profissional é possível — saiba como ativar o Copy Invest do Portal das Commodities.
Indústria puxa queda do IBC-Br em julho
O desempenho por setores mostra uma contribuição negativa generalizada, puxada principalmente pelo desempenho na Indústria, que recuou 1,1% em julho. Em 12 meses, o setor acumula alta de 2,53%, mas perdeu força em relação ao mês anterior (2,98%).
Confira o desempenho dos demais setores:
- Agropecuária: caiu 0,8% no mês. Ainda assim, em 12 meses, mantém expansão de 13,08%, também em desaceleração frente a junho (13,35%).
- Serviços: registraram baixa de 0,2% em julho. No acumulado de 12 meses, cresceram 2,97%, ante 3,30% até junho.
- Impostos líquidos sobre produtos: caíram 0,7% em julho. Em 12 meses, subiram 3,38%, contra 4,20% até o mês anterior.
Prévia do PIB avança ano a ano
Na comparação com julho de 2024, o IBC-Br subiu 1,1%. Já no acumulado de janeiro a julho deste ano, o índice cresceu 2,91% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.
O índice ex-agropecuária (que exclui o setor agro, mais volátil) avançou 2,06%. Já o indicador específico da agropecuária subiu 14,80%.
Na indústria foi observado um avanço de 2,07% no acumulado do ano, enquanto os serviços cresceram 2,15% e os impostos líquidos sobre produtos, 1,67%.
Em 12 meses até julho, o IBC-Br acumulou alta de 3,54%, abaixo da taxa de junho (3,96%, revisado de 3,94%). O índice ex-agropecuária avançou 2,91% (ante 3,34% até junho, revisado de 3,33%) e o agropecuário cresceu 13,08% (ante 13,35%, revisado de 13,19%).
A indústria teve alta acumulada de 2,53% em 12 meses (ante 2,98%, revisado de 2,99%), os serviços cresceram 2,97% (ante 3,30%, revisado de 3,29%) e os impostos subiram 3,38% (ante 4,20%, revisado de 4,19%).
IBC-Br recua no trimestre móvel
No trimestre móvel encerrado em julho, e já com ajuste sazonal, o IBC-Br recuou 1% em relação aos três meses anteriores. O índice ex-agropecuária caiu 0,24%, enquanto a agropecuária recuou 6,85%.
A indústria apresentou retração de 0,91%. Já os serviços subiram 0,19%, e os impostos cederam 1,03%.
Na comparação com o mesmo trimestre de 2024, mas sem ajuste sazonal, o IBC-Br cresceu 1,97%. O índice ex-agropecuária avançou 1,75%, enquanto o agro cresceu 5,71%. Por fim, a indústria subiu 1,50%, os serviços avançaram 2,14% e os impostos 0,52%.
- Chega de operar no escuro: conheça a ferramenta que automatiza seus investimentos — acesse agora e fale com nosso time no WhatsApp.
PIB oficial e política monetária
O IBC-Br é utilizado pelo mercado como uma aproximação do PIB, mas não substitui a metodologia oficial do IBGE. O último dado fechado do PIB, referente ao segundo trimestre de 2025, mostrou crescimento de 0,4%. No primeiro trimestre, cresceu 1,4%.
Os números chegam às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que começa nesta terça-feira (16), com a divulgação da decisão no dia seguinte. A expectativa predominante é de manutenção da Selic em 15%.









