A Eletrobras divulgou os resultados do segundo trimestre de 2024, que apresentam lucro líquido de R$ 1,7 bilhão, representando um crescimento de 7,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior. No entanto, após ajustes, o lucro líquido foi de R$ 615 milhões, uma queda de 25,8% em relação ao segundo trimestre de 2023.
Resultados financeiros e operacionais
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da companhia foi de R$ 4,2 bilhões, uma queda de 23,2% na comparação anual, refletindo uma redução na receita e o aumento nos custos de geração.
Sem ajustes, o Ebitda foi de R$ 4,4 bilhões, com uma redução de 32,8%. A margem Ebitda ajustada recuou 9,1 pontos percentuais, chegando a 50,1%.
A receita operacional líquida ajustada somou R$ 8,3 bilhões, representando uma queda de 9,2% em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior. No semestre, a receita líquida ajustada foi de R$ 17 bilhões, uma queda de 7,6% em relação ao primeiro semestre de 2023.
Expansão operacional
A Eletrobras encerrou o segundo trimestre com 99 usinas, incluindo hidrelétricas, térmicas, eólicas e solares, totalizando uma capacidade instalada de 44.279 MW, equivalente a 22% da capacidade instalada no Brasil. Do total de geração, 97% provêm de fontes limpas e de baixa emissão de gases de efeito estufa.
A companhia registrou a venda de 25,2 TWh de energia no segundo trimestre, um aumento de 25% em comparação aos 20,1 TWh vendidos no mesmo período do ano passado.
Endividamento e geração de caixa
A dívida bruta da Eletrobras aumentou para R$ 71,9 bilhões no segundo trimestre, um acréscimo de R$ 11,2 bilhões em relação ao trimestre anterior. O prazo médio da dívida foi estendido em 3,5 meses, com um custo médio de CDI + 0,9220% ao ano.
No mesmo período, a geração de caixa da companhia foi utilizada principalmente para o pagamento de dívidas (R$ 2,2 bilhões), realização de investimentos (R$ 2 bilhões) e quitação de litígios (R$ 1,2 bilhão).
Grupo CMA
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