O HSBC Holdings teve um lucro líquido de US$ 197 milhões no quarto trimestre de 2024, revertendo o prejuízo de US$ 153 milhões do mesmo período de 2023, conforme balanço divulgado nesta quarta-feira (19).
O resultado, impulsionado pelo aumento na receita com taxas, superou as previsões do mercado, que projetava um lucro de aproximadamente US$ 27,9 milhões, segundo levantamento da Visible Alpha divulgado pelo Valor Econômico.
Listada na Bolsa de Londres, as ações do banco (HSBA) fecharam o pregão em queda de 0,30%, cotadas a 895,40 libras.
Programa de recompra de ações
O banco também anunciou um planejamento para recompra de ações, no valor de até US$ 2 bilhões, estratégia comum entre empresas que desejam aumentar o valor de suas ações no mercado por meio da redução da quantidade de papéis em circulação.
Até o momento, as ações do HSBC em Hong Kong acumulam alta de 15% neste ano, frente à valorização de 23% em 2024, impulsionada pelas expectativas em torno da gestão no novo CEO, Georges Elhedery.
Destaques no balanço do HSBC
No quarto trimestre, o HSBC reportou um lucro antes de impostos de US$ 2,5 bilhões, frente aos US$ 175 milhões registrados um ano antes.
Já a receita líquida com juros (diferença entre os juros recebidos sobre empréstimos e os pagos sobre depósitos) caiu 1,2%, para US$ 8,185 bilhões.
Por outro lado, a receita líquida com taxas, que inclui tarifas bancárias e serviços financeiros, cresceu de US$ 2,76 bilhões para US$ 2,98 bilhões.
Reestruturação do HSBC e corte de custos
O HSBC anunciou nesta quarta, que pretende cortar US$ 1,8 bilhão em custos até o final do próximo ano, visando o aumento dos lucros. Desde sua posse em setembro, Elhedery também tem articulado ações para aumentar os rendimentos e intensificar o foco no mercado asiático.
Segundo o CEO, que tem implementado medidas de reestruturação do banco, parte dessa redução ocorrerá por meio da eliminação de camadas de gestão e corte de funções.
Até o momento já ocorreram iniciativas como a redução do comitê executivo, a unificação das operações de banco comercial e de investimento e a interrupção da assessoria a empresas em fusões, aquisições e ofertas públicas de ações nos EUA e na Europa.