A Energisa (ENGI11) obteve um lucro líquido de R$ 1,82 bilhão no 4º trimestre de 2024, destacando um aumento de 254% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, o lucro foi de R$ 3,78 bilhões, crescimento de 100% sobre 2023.
Segundo a companhia elétrica, os resultados foram impulsionados, em parte, pela temporada de alta temperatura no país.
Outros fatores não recorrentes, como o reconhecimento contábil do ativo fiscal diferido da distribuidora Energisa Rondônia e o registro de “indébitos tributários” decorrentes da exclusão do PIS/Cofins da base de cálculo do ICMS também impulsionaram o desempenho da companhia.
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Consumo de energia impulsiona resultados
O consumo de energia nas distribuidoras da Energisa cresceu 2,3% no 4º trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior. O crescimento foi impulsionado por temperaturas acima da média e pelo desempenho da indústria, que registrou maior produção de alimentos e minerais.
No acumulado de 2024, o consumo nas concessões da companhia cresceu 7,6%, acima da média nacional de 5,3%. O segmento residencial teve um aumento de 10,5%, enquanto o industrial cresceu 9,2%.
Receita e Ebitda da Energisa no 4º trimestre
A receita líquida consolidada da companhia foi de R$ 9,55 bilhões no 4º trimestre, um crescimento de 18,4% em relação ao ano anterior. No ano, a receita somou R$ 33,71 bilhões, 18,2% maior que em 2023.
O Ebitda ajustado recorrente (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 1,9 bilhão no 4º trimestre, revelando uma queda de 7,9% frente ao mesmo período de 2023. Já no acumulado do ano, o indicador alcançou R$ 7,63 bilhões, um crescimento de 8,1%.
Endividamento e caixa
A dívida líquida da Energisa, descontados os créditos setoriais, foi de R$ 24,98 bilhões em 31 de dezembro, contra R$ 23,7 bilhões em setembro de 2024. Com isso, a relação dívida líquida/Ebitda ajustado ficou em 3x ao fim do ano, ante 2,8x no trimestre anterior.
A posição consolidada de caixa, equivalentes de caixa e aplicações financeiras foi de R$ 8,89 bilhões ao fim de dezembro.
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Inadimplência e clientes da Energisa
A taxa de inadimplência das distribuidoras do grupo ficou em 1,30% nos últimos 12 meses, uma variação de 0,30 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano anterior.
A Energisa encerrou o ano com 8,79 milhões de unidades consumidoras, um crescimento de 2,4% sobre 2023. Os consumidores cativos cresceram 2,3%, enquanto os livres tiveram um aumento de 75,5%.