A XP (XPBR31) registrou lucro líquido ajustado de R$ 1,32 bilhão no segundo trimestre, que representa um avanço de 18% na comparação anual e de 7% frente ao primeiro trimestre deste ano. O resultado foi impulsionado principalmente pelo desempenho do varejo e por maior rentabilidade.
O lucro por ação básico ajustado foi de R$ 2,50, alta de 22% em um ano e de 8% no trimestre. O lucro por ação diluído ajustado atingiu R$ 2,46, somando um aumento de 22% em doze meses e de 7% frente ao primeiro trimestre deste ano.
Thiago Maffra, CEO da XP Inc., afirmou no release de resultados: “Fortalecemos o negócio no trimestre, registrando lucro líquido recorde e crescimento do lucro por ação de 22% na comparação anual. Tenho confiança de que estamos no caminho certo e que continuamos trabalhando intensamente para manter o nosso ritmo de crescimento de longo prazo, sempre com o compromisso com a excelência em servir os nossos clientes.”
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Receita aumenta, impulsionada pelo varejo
A receita bruta da XP totalizou R$ 4,7 bilhões, alta de 4% em um ano e de 2% frente ao trimestre anterior. O varejo foi o destaque, avançando 9% e somando R$ 3,57 bilhões.
Na divisão por produtos, a renda fixa subiu 20% em relação ao segundo trimestre de 2024, para R$ 988 milhões, enquanto a renda variável caiu 8%, para R$ 1,03 bilhão.
Apesar da queda anual, a renda variável voltou a ser a principal fonte de receita no varejo, após ter perdido espaço para a renda fixa no trimestre anterior.
Outras receitas do varejo, que incluem conta digital, câmbio, consórcio e investimentos globais, cresceram 31% em um ano, para R$ 634 milhões.
A receita líquida foi de R$ 4,46 bilhões, avanço de 6% na comparação anual e de 3% frente ao trimestre anterior.
Captação da XP cai 70% no 2º trimestre
No trimestre, a XP registrou captação líquida de apenas R$ 10 bilhões, bem abaixo dos R$ 32 bilhões de igual período de 2024 e dos R$ 24 bilhões do trimestre anterior.
No varejo, a captação líquida somou R$ 16 bilhões, valor que representa uma queda de 21% em relação ao trimestre anterior e de 34% na comparação com 2024. Já no atacado, houve saída líquida de R$ 6 bilhões.
O total de clientes ativos cresceu 2% em um ano e 1% no trimestre, chegando a 4,72 milhões.
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Despesas aumentam na comparação anual e no trimestre
As despesas administrativas e gerais somaram R$ 1,56 bilhão no segundo trimestre, aumento de 10% tanto em relação ao ano passado quanto ao trimestre anterior.
Outras despesas, principalmente as ligadas a marketing e tecnologia, subiram 24% em 12 meses e 22% frente ao primeiro trimestre.
O índice de eficiência, que mede a relação entre despesas e receita, ficou em 34,5% nos últimos 12 meses, queda de 1,6 ponto percentual em relação ao ano anterior, refletindo a disciplina de custos.
Ativos de clientes e novas frentes da XP em alta
O total de ativos de clientes aumentou para R$ 1,37 trilhão, crescimento de 14% em um ano e 3% no trimestre. Considerando também os ativos sob gestão, o volume alcançou R$ 1,9 trilhão, alta de 17% frente ao segundo trimestre de 2024.
No braço de seguros, o prêmio emitido cresceu 45% em um ano, para R$ 444 milhões. Em previdência, os ativos chegaram a R$ 86 bilhões, avanço de 15%. O segmento de cartões movimentou R$ 12,4 bilhões, 8% acima do ano anterior.
As novas verticais, como câmbio, investimentos globais, consórcio e conta digital, registraram alta de 146% em receita no período. A XP encerrou o trimestre com 18,2 mil assessores vinculados à plataforma.
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Indicadores de rentabilidade da XP
O lucro antes de impostos (EBT) foi de R$ 1,31 bilhão, queda de 5% em 12 meses, mas com crescimento de 4% no trimestre.
O retorno sobre o patrimônio líquido anualizado (ROAE) alcançou 24,4%, frente a 22,1% no mesmo período do ano anterior.
Já o retorno sobre o patrimônio tangível (ROTE), que exclui intangíveis e ágio e permite melhor comparação com concorrentes, subiu de 27,2% para 30,1%.