O BTG Pactual anunciou, nesta segunda-feira (1), duas alterações em sua carteira recomendada de small caps para setembro. Depois de valorizar 14,2%, o banco agora aposta em Fleury (FLRY3) e da Copasa (CSMG3), que substituem Auren (AURE3) e Minerva (BEEF3).
No último mês, a performance foi quase três vezes acima do seu índice de referência, o SMLL (+5,9%) e pouco mais do que o dobro do Ibovespa (+6,3%). No acumulado do ano, a carteira registra alta de 30,1%, contra 17,6% do Ibovespa e 25,3% do SMLL. No mesmo período, o CDI rendeu 9,1%.
Para setembro, o banco manteve as posições de Orizon, Marcopolo, Tenda, Vivara, Inter, IRB, Multiplan e São Martinho.
A carteira segue composta por 10 ativos, selecionados entre empresas de menor capitalização listadas na B3, com valor de mercado em torno de R$ 15 bilhões, tomando como referência o índice SMLL.
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Mudanças na carteira de Small Caps
A escolha da Fleury para o portfólio ocorreu devido ao ponto de entrada atrativo, já que o papel teve uma performance abaixo da RDOR3 e do Ibovespa apesar das especulações renovadas de M&A.
Além disso, a instituição considerou a atratividade do papel, negociado a 10x o lucro estimado para 2025 e potencial de valorização entre 20% e 30% caso a transação se concretize. Segundo o banco, o dividend yield próximo de 8% também é visto como um suporte relevante.
Já a inclusão da Copasa foi justificada pelos analistas do BTG pelos avanços esperados no processo de privatização.
Atualmente, a ação negocia a 1,1x o EV/RAB (métrica que relaciona o valor da empresa com a base de ativos regulatória). Em caso de privatização, o potencial de valorização seria significativo.
Composição da carteira do BTG para setembro
A carteira atual do BTG é composta pelas seguintes ações:
- Fleury (FLRY3)
- Copasa (CSMG3)
- Orizon (ORVR3)
- Marcopolo (POMO4)
- Tenda (TEND3)
- Vivara (VIVA3)
- Inter (INBR32)
- IRB (IRBR3)
- Multiplan (MULT3)
- São Martinho (SMTO3)
Apostas do BTG entre as Small Caps
Uma das apostas mantidas para a carteira de setembro, a Multiplan (MULT3), enquanto portfólio de shoppings dominantes, tem registrado desempenho operacional acima da média do setor, com vacância em mínimas históricas e vendas sólidas.
O BTG avalia a companhia como defensiva em cenário de juros altos e destaca como atrativo o valuation com sinalização de retorno real de 9,2%, acima da taxa básica de juros.
O Inter (INBR32), que recuperou a classificação de “Compra” pelo BTG em agosto, apesar da queda acentuada no papel antes dessa recomendação, desde então a ação já subiu quase 30%.
O banco aposta na possibilidade de que a melhora do retorno sobre patrimônio (ROE) continuará nos próximos trimestres. Além disso, vê no consignado privado uma oportunidade para ampliar a base de clientes e receitas.
A decisão dos analistas do BTG de manter IRB Brasil (IRBR3) considera que após um 2º trimestre acima das expectativas, a companhia pode retomar o pagamento de dividendos já no 3º trimestre. O papel negocia a múltiplos baixos, 4,5x o lucro projetado para 2025.
Entre os riscos, o banco destaca a recuperação da receita, ainda mais lenta que o previsto. Ainda assim, considera o valuation suficientemente atrativo para manter a recomendação.
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Já a escolha de Tenda (TEND3) está atrelada a uma visão positiva no segmento de habitação popular, beneficiado pelas mudanças no programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). Além disso, a empresa apresentou margens em recuperação e guidance positivo.
O papel negocia a múltiplos baixos, 6x o lucro de 2025 e 4xo de 2026. Com base nesses aspectos, o BTG vê potencial de crescimento expressivo dos lucros com a continuidade da reestruturação.