O BTG Pactual (BPAC11) superou o guidance (projeção) de rentabilidade ao ampliar suas receitas em todas as áreas, encerrando o 3º trimestre com lucro líquido ajustado de R$ 4,5 bilhões, valor que corresponde a um aumento de 8,5% em relação ao trimestre anterior e de 41,5% frente ao mesmo período de 2024.
A receita total alcançou R$ 8,81 bilhões, evidenciando um crescimento de 36,8% em base anual e de 6,3% em relação ao segundo trimestre.
O banco também se destacou quanto ao retorno ajustado sobre o patrimônio líquido médio (ROE), que atingiu 28,1%, superando os 27,1% do trimestre anterior. No acumulado de 2025, o ROE é de 26,4%, acima do guidance previsto no início do ano, que estimava desempenho superior aos 23,1% registrados em 2024.
“Encerramos mais um trimestre com resultados recordes, superando o forte desempenho anterior e registrando retorno de 28,1%. Essa performance reafirma a solidez do nosso modelo de negócios, a eficiência da execução e a resiliência das nossas plataformas”, afirmou o BTG no balanço.
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As units do BTG Pactual (BPAC11) encerraram o pregão de segunda-feira (10) em alta de 1,23%, cotadas a R$ 51,21. Às 11h55 (horário de Brasília) desta terça-feira (11), as ações BPAC11 valorizam 1,89%, negociadas a R$ 52,18 na B3.
No acumulado no ano, os papéis valorizaram cerca 89%, levando o valor de mercado do banco a aproximadamente R$ 196,4 bilhões.
Efeito JGP impulsionam franquia de clientes do BTG
O banco destacou que o resultado foi favorecido pelo crescimento orgânico da maioria das linhas de negócios e pela incorporação de novos ativos, como a área de gestão de fundos da JGP, de André Jakurski, adquirida em abril.
A consolidação da JGP fortaleceu as operações de gestão de patrimônio e fundos, ampliando a base de clientes.
A captação líquida total de clientes (NNM) foi de R$ 83 bilhões entre julho e setembro, crescimento de 40,7% em relação ao segundo trimestre e de 6,4% em um ano.
O total de recursos de terceiros administrados pelo BTG chegou a R$ 2,512 trilhões, aumento de 17% em relação ao trimestre anterior e de 37,5% em 12 meses.
Gestão de recursos e patrimônio puxam recorde de receitas do BTG
A área de asset management do banco registrou receita de R$ 747,5 milhões, alta de 19,8% sobre o trimestre anterior e de 23,3% em base anual.
Já a captação líquida (Net New Money) foi de R$ 33,5 bilhões no trimestre, enquanto os ativos sob gestão e administração (AuM/AuA) atingiram R$ 1,2 trilhão, com avanço de 18,8% em um ano.
Na área de wealth management e consumer banking, a receita somou R$ 1,33 bilhão, com crescimento de 10,2% em relação ao segundo trimestre e de 35,7% em 12 meses.
Outro destaque foi na captação líquida do banco, de R$ 49,2 bilhões, que representa uma alta de 4% na comparação anual, parte dela de forma orgânica, além dos R$ 18 bilhões vindos da consolidação da JGP Wealth Management.
Além desse crescimento, o total de wealth under management (WuM) subiu para R$ 1,1 trilhão, frente a R$ 857,4 bilhões um ano antes.
Por fim, o conjunto das plataformas de gestão e administração de recursos alcançou R$ 2,3 trilhões, aumento de 25,2% sobre 2024 e de 9,5% na comparação trimestral.
Crédito corporativo e mercado de capitais sustentam resultado
A área de corporate lending & business banking (que inclui crédito para grandes companhias, atacado e PMEs) teve receita de R$ 2,154 bilhões, crescimento de 2,2% sobre o trimestre anterior e de 25,8% em um ano.
O portfólio de crédito total atingiu R$ 246,926 bilhões, avanço de 3,8% no trimestre e 17,4% em 12 meses. Dentro desse total, a carteira de pequenas e médias empresas (PMEs) somou R$ 28,971 bilhões, com crescimento de 1,1% sobre o trimestre anterior e de 13% em um ano.
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Sales & Trading mantém crescimento com aumento do risco controlado
A área de sales & trading do BTG, responsável por operações de mercado e corretagem, teve receita de R$ 1,941 bilhão, alta de 1,4% sobre o trimestre anterior e de 16% em base anual.
Conforme dados do balanço, o VaR médio (Value at Risk, indicador que mede o risco de perda percentual em uma carteira de investimentos) subiu para 0,30%, após ter atingido o menor nível histórico um ano antes (0,16%), refletindo o aumento da atividade dos clientes.
Área de investment Banking do BTG cresce 69% em 1 ano
A área de investment banking apresentou receita de R$ 643 milhões no trimestre, que corresponde a uma queda de 17,8% em relação ao segundo trimestre, mas revela um aumento expressivo de 69,2% frente ao mesmo período de 2024.
O desempenho foi impulsionado pelo mercado de dívida (DCM), com 52 emissões concluídas, além de 11 ofertas de ações (ECM) e sete fusões e aquisições (M&A).
“Apesar da queda, reportamos um resultado sólido, reforçando a força da nossa franquia de mercado de capitais. DCM entregou receitas recordes, impulsionada pelo sólido momento do mercado de dívida, com 52 operações concluídas no período. M&A e ECM também contribuíram positivamente, enquanto mantivemos nossas posições de destaque nos rankings do setor”, destacou o BTG.
Participações e receitas financeiras avançam
Na área de participações, que inclui os investimentos em empresas como o Banco Pan, o BTG registrou receita de R$ 325 milhões, aumento de 16,6% sobre o trimestre anterior e de 49,4% em 12 meses.
Em juros e outros resultados financeiros, a receita atingiu R$ 1,643 bilhão, avanço de 21,7% no trimestre e de 93,1% em base anual.
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Despesas e indicadores de capital
As despesas operacionais totalizaram R$ 3,36 bilhões, com aumento de 3,2% em relação ao trimestre anterior e de 29,5% sobre o mesmo período de 2024.
O índice de Basileia, que mede a solidez e o nível de capitalização do banco, encerrou o trimestre em 15,5%, ante 16,2% no segundo trimestre e 16,4% um ano antes.









