Os analistas de duas das principais instituições financeiras mundiais avisam: não é mais hora de comprar as ações (nem ADRs) da segunda maior empresa da nossa Bolsa, a Vale (#VALE3). O Bank of America (BofA) e o UBS rebaixaram a recomendação dos papéis da mineradora de “compra” para “neutra”.
Os analistas do Bank of America avaliaram em relatório enviado aos clientes nesta terça-feira (9) que ainda parece distante a recuperação dos preços do minério de ferro e que as provisões adicionais para pagar pelo desastre da Samarco podem limitar a eventual distribuição de dividendos extraordinários pela Vale.
O Citi, aliás, em relatório divulgado em fevereiro, estimou que aVale pode precisar aumentar suas provisõesem cerca de US$ 3 bilhões em relação ao desastre de Mariana, ocorrido em 2015.
O BofA também citou a renegociação do contrato de concessão ferroviária e a sucessão do CEO como aspectos negativos. O preço-alvo das ações negociadas B3 foi de R$ 95 para R$ 62. Já o ADR saiu de US$ 20 para US$ 13.
O UBS, além de rebaixar para “neutra” sua recomendação, também atualizou o preço-alvo para US$ 13, saindo de US$ 15.
Prévia do 1º trimestre de 2024
O BTG Pactual cita a Vale como um destaque negativo para a prévia do 1º trimestre das empresas de mineração. Segundo o banco, houve um “impacto desproporcional” para as empresas que mineram ferro.
“O trimestre foi marcado por um elevado nível de volatilidade nos mercados de minério de ferro, com visível deterioração nos KPIs (relevante aumento de estoques, rentabilidade pressionada da cadeia siderúrgica e contínua fraqueza na demanda do setor imobiliário…a lista é longa)”, disse em relatório.
Na conta, os preços do minério de ferro caíram 30% no acumulado do ano, o que conforme os cálculos dos analistas deve impactar entre 50-60% dos lucros no trimestre.O banco ainda vê nos ajustes provisórios de preços um agravante.
Veja a expectativa do BTG para os resultados:
