A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) emitiu ontem (28), um alerta para conscientizar o público de um novo golpe que vem sendo aplicado: o do falso investimento. Nele, bandidos prometem retornos surreais em diversos tipos de aplicação.
Como funcionam os golpes?
Para atrair as vítimas, os golpistas criam grupos, empresas e sites falsos, usam uma linguagem técnica para se passar por especialistas e utilizam depoimentos inexistentes para tentar aumentar a credibilidade e convencer as pessoas.
Ao capturar a atenção das vítimas, os criminosos colocam a pessoa em um grupo de aplicativos de mensagem com outros supostos participantes e diz que tanto a rentabilidade quanto resgate podem demorar alguns meses. Eles ainda oferecem consultoria e indicam baixos investimentos no começo para ganhar confiança. Há casos onde prometem uma recompensa a quem trouxer novos investidores. Assim, a vítima pode virar cúmplice.
No fim, após receber uma grande soma, os bandidos bloqueiam a vítima, que tem todo seu dinheiro “investido” roubado.
Como evitar
O CEO do Monitor do Mercado, Marcos de Vasconcellos, diz que para evitar golpes como este é preciso desconfiar de retornos irreais. O que enriquece as pessoas, normalmente, lembra ele, envolve trabalho. Os investimentos servem para ajudar.
“Se você não entende o que será feito com seu dinheiro para ele te dar o retorno prometido, é melhor ficar de fora”, alerta Vasconcellos, que também é sócio da Wise Investimentos, escritório classificado entre as 20 melhores assessorias de investimento selecionadas pelo BTG Pactual no Brasil.
Nesara Gesara
Um golpe que repercutiu bastante no ano passado foi oNesara Gesara.Segundo as investigações da Polícia Civil do Distrito Federal, o esquema movimentou R$ 156 milhões ao longo de cinco anos, além de criar 40 empresas fictícias, movimentar mais de 800 contas bancárias suspeitas e atingir mais de 50 mil vítimas em todo o Brasil.
O grupo era liderado por supostos pastores que atraíam “fiéis” para o esquema de pirâmide, com a promessa de “abençoá-los” com grandes quantias de dinheiro.
Dessa forma, os fiéis mandavam doações de aproximadamente R$ 25, com a promessa de um retorno de um octilhão de reais (R$ 1.000.000.000.000.000.000.000.000.000), usando uma teoria conspiratória chamada “Nesara Gesara.”
Pirâmide financeira
Em outubro do ano passado, a Comissão de Segurança Pública (CSP) do Senado aprovou o Projeto de Lei 3.706/2021, que prevê pena de até oito anos de reclusão para ocrime de pirâmide financeira.A proposta também prevê medidas de combate aos crimes que envolvem ativos virtuais e meios de pagamento digital.









