Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos somaram 248 mil na semana encerrada em 7 de junho, mesmo número em relação à semana anterior, que teve seu total levemente revisado de 247 mil para 248 mil, segundo dados divulgados pelo Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (12).
O resultado ficou acima das expectativas dos economistas, que esperavam entre 240 e 247 mil pedidos no período.
A média móvel de quatro semanas, que ajuda a suavizar as flutuações semanais, subiu 5 mil solicitações, alcançando 240.250 mil, indicando uma leve tendência de alta na demanda por benefícios.
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Pedidos de auxílio-desemprego são os maiores desde 2021
O número de pedidos contínuos, referente às pessoas que seguem recebendo o benefício após a primeira solicitação — um indicador importante da dificuldade de reinserção no mercado de trabalho —, aumentou em 54 mil, chegando a 1,956 milhão na semana encerrada em 31 de maio (com ajuste sazonal). Este é o nível mais alto desde 13 de novembro de 2021.
A média móvel de quatro semanas desses pedidos subiu para 1.914.500, uma alta de 19.750 solicitações em relação à leitura anterior de 1.894.750, atingindo o patamar mais elevado desde 27 de novembro de 2021.
Fatores sazonais aumentam demanda por benefício
Segundo analistas, os pedidos podem continuar elevados nas próximas semanas devido ao fim do ano letivo. Em alguns Estados, funcionários não docentes (como auxiliares administrativos e de apoio) têm direito a solicitar benefícios durante as férias escolares, o que contribui para o aumento temporário nas solicitações.
Apesar da estabilidade nos pedidos iniciais, o relatório sugere que o mercado de trabalho está perdendo força de forma gradual.
Empregadores ainda relutam em demitir trabalhadores, acumulando mão de obra diante da incerteza econômica provocada por tarifas comerciais agressivas da administração do presidente Donald Trump.
Além disso, a repressão à imigração promovida pela Casa Branca tem contribuído para uma desaceleração nos ganhos de emprego, afetando a disponibilidade de mão de obra e o ritmo de contratações em diversos setores.
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Dificuldade para retornar ao mercado de trabalho
O relatório também revela que os trabalhadores demitidos recentemente estão encontrando maior dificuldade para se recolocar no mercado.
Ainda assim, a duração média do desemprego recuou de 10,4 semanas em abril para 9,5 semanas em maio, sinalizando alguma melhora na dinâmica de reemprego, apesar do aumento nos pedidos contínuos.