A sexta-feira (29) começa com os mercados globais em alerta para a divulgação do índice de Preços de Gastos com Consumo Pessoal (PCE) de julho nos Estados Unidos, previsto para as 9h30 (horário de Brasília). Esse indicador é o principal termômetro de inflação utilizado pelo Federal Reserve (Fed) e pode trazer novas direções para a política monetária americana, apesar de o Fed já ter sinalizado que a inflação está sob controle, com maior foco agora no mercado de trabalho.
A estimativa do mercado é que o núcleo do PCE apresente um crescimento de 0,2% na comparação mensal. Os índices futuros reagem de forma positiva antes da divulgação, com o S&P 500 futuro subindo 0,4% e o Stoxx Europe avançando 0,3%.
Cenário internacional
Os mercados asiáticos encerraram o dia em alta, com o Nikkei 225 avançando 0,7% e o Shanghai SE Comp. também subindo 0,7%. O Hang Seng de Hong Kong liderou os ganhos na Ásia, com uma alta de 1,1%.
Na Europa, o índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro subiu 2,2% em agosto, em linha com as expectativas do mercado, reforçando a percepção de que o Banco Central Europeu manterá uma postura cautelosa em relação à inflação.
Indicadores econômicos e commodities
Além do PCE, o mercado acompanha outros importantes indicadores econômicos hoje, como o ISM de agosto nos EUA (10h45) e o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan (11h).
À noite, às 22h30, serão divulgados os índices PMI industrial e de serviços da China, que são fundamentais para avaliar a saúde econômica do país e, por consequência, o impacto no mercado de commodities.
No mercado de commodities, o petróleo opera próximo da estabilidade, com o WTI a US$ 75,96 o barril, enquanto o futuro do minério de ferro recua 1%, a US$ 100,75 por tonelada. O bitcoin, por sua vez, valoriza 0,1%, cotado a US$ 59.576,5.
Cenário nacional
No Brasil, o Ibovespa encerra a semana após marcar um novo recorde ao superar os 137 mil pontos, mas realizou lucros no pregão de quinta-feira, recuando 1% para fechar em torno dos 136 mil pontos. Esse movimento de realização é comum após sucessivos ganhos, com investidores aproveitando para embolsar lucros.
No mercado de câmbio, o dólar voltou a subir após a divulgação do PIB dos EUA acima das expectativas, que afastou o risco de recessão e fortaleceu a moeda americana globalmente. O dólar atingiu R$ 5,66 durante o pregão de ontem e fechou em R$ 5,62.
Ações da Azul em forte queda
O destaque negativo no mercado de ações foi a Azul, cujos papéis despencaram 25% após rumores de dificuldades financeiras. Uma reportagem da Bloomberg indicou que a companhia estaria explorando estratégias para lidar com suas dívidas, incluindo uma possível fusão com a Gol ou a solicitação de proteção contra credores nos EUA.
Mesmo após tentar tranquilizar o mercado com a emissão de um fato relevante, as incertezas sobre o futuro da empresa continuam a pressionar suas ações.
Expectativas para o pregão de hoje
Com os futuros das bolsas norte-americanas apontando para uma abertura em alta, há uma expectativa positiva para o mercado brasileiro.
O foco dos investidores estará na capacidade do Ibovespa de manter o patamar alcançado ou mesmo de registrar novos recordes, dependendo do comportamento das ações-chave, como as de bancos e grandes empresas de commodities.
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