O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou o pregão desta quarta-feira (19) com uma baixa de 0,95%, aos 127.308,80 pontos, devido a um movimento de correção após três sessões acima dos 128 mil pontos. O desempenho fraco do setor financeiro também pesou sobre o índice. O Banco do Brasil apresentou maior perda, de 2%, enquanto o Itaú fechou em queda de 0.93%.
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No mercado internacional, destaque para a decisão sobre os juros da China. O PBoC manteve as principais taxas de juros (LPRs) de 1 ano, em 3,1%, e de 5 anos, em 3,6%, após o banco ter anunciado recentemente um aumento do consumo e o “relaxamento apropriado” da política monetária.
Em dia de agenda esvaziada, os Estados Unidos aguardam a divulgação dos dados sobre o mercado de trabalho e o discurso dos membros do Federal Reserve (Fed).
No Brasil, também sem indicadores econômicos importantes, o mercado repercute os resultados corporativos divulgados após o fechamento do pregão.
Nesta quinta-feira (20), o dólar abriu em queda de 0,34%, a R$ 5,70, assim como o dólar futuro, em baixa de 0,25%, a R$ 5,71. Já os juros futuros abriram em alta e o Ibovespa futuro sobe 0,15%, aos 129.615 pontos.
Manchetes desta manhã
- Mercado de capitais atinge fatia recorde no nível de endividamento das empresas (Valor)
- Lucro da Vale cai 21% em 2024, para R$ 31,6 bi, e empresa corta projeção de investimentos (Folha)
- Microsoft diz ter criado ‘quarto estado da matéria’ para chip quântico que pode mudar a computação (Estadão)
- EUA avisam que não vão negociar comunicado no G20 de finanças (Valor)
Mercado global
As bolsas da Europa operam majoritariamente em alta, impulsionadas por boas notícias corporativas. A Siemens ganhou 1,33 após anunciar a venda de participação de 2% na subsidiária Siemens Healthineers, arrecadando cerca de 1,45 bilhão de euros.
Já a Anglo American valorizou 3,67% após a divulgação dos resultados anuais e a Schneider Electric, gigante industrial francesa, registrou vendas recordes de 38,15 bilhões de euros e um lucro líquido de 4,27 bilhões de euros, superando as previsões do mercado.
Na Ásia, a maioria dos índices encerrou o pregão em terreno negativo, repercutindo as ameaças tarifárias de Trump. A exceção foram as Bolsas da China, que reagiram com otimismo à decisão do Banco Central do país de manter as taxas de juros inalteradas por mais um mês.
No Japão, o índice Nikkei teve sua queda atrelada à pressão das ações dos setores automotivos e de semicondutores, após anúncio de novas tarifas dos EUA sobre esses setores.
Em Nova York, o S&P 500 futuro cai 0,2%, o Stoxx Europe sobe 0,3%, o índice Nikkei fechou em baixa de 1,2% e o Shanghai ficou estável.
Confira os principais índices do mercado:
• FTSE 100 -0,3%
• Shanghai SE Comp. estável
• MSCI EM -0,4%
• Dollar Index -0,3%
• Yield 10 anos -1bps a 4,5229%
• Bitcoin +1% a US$ 97230,81
Commodities
- Petróleo: sobe com sanções da UE à Rússia e incerteza da OPEP+ pesando sobre o fornecimento. O Brent para abril sobe 0,29%, a US$ 76,26 e o WTI para abril avança 0,22%, a US$ 72,26.
- Minério de ferro: fechou em alta de 2,26% em Dalian, na China, cotado a US$ 115,23/ton. Em Singapura, os contratos futuros avançam 1,93%, cotados a US$ 108,75/ton e o mercado à vista segue em alta de 0,84%, cotado a US$ 107,80/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, a agenda segue esvaziada, com destaque apenas para os pedidos semanais de seguro-desemprego, às 10h30; além dos discursos dos membros do Fed, Austan Goolsbee, Alberto Musalem, Michael Barr e Adriana Kugler.
No mercado corporativo, em Londres, as ações da Anglo American sobem quase 5% após balanço e os papéis da BHP avançam 1,6%.
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Cenário nacional
No Brasil, a agenda do dia traz o leilão de títulos prefixados (LTN e NTN-F) do Tesouro, às 10h30. Nesta quarta-feira (19), a tendência recente de leilões robustos do Tesouro puxou os juros futuros, segundo dados divulgados pela Bloomberg.
Entre os compromissos do dia, o presidente Lula concede entrevista a uma rádio pela manhã.
Na continuação da agenda de resultados corporativos, para hoje, estão previstos os balanços da B3, Engie Brasil, Lojas Renner, Sanepar, Rumo e Santos Brasil.
Destaques no mercado corporativo
- Vale: registrou prejuízo de US$ 694 milhões no 4º trimestre, ante lucro um ano antes, e anunciou programa de recompra de até 120 milhões de ações, além de um pagamento de dividendos de R$ 2,14 por ação.
- Banco do Brasil: teve lucro de R$ 9,6 bilhões no 4º trimestre, alta de 1,5% na comparação anual.
- Gerdau: reportou lucro de R$ 666 milhões no 4º trimestre, com queda anual de 9%.
- Assaí: registrou lucro de R$ 430 milhões no 4º trimestre (+44,8%), com Ebitda de R$ 1,639 bilhões (+14,1%) e receita de R$ 20,163 bilhões (+9,5%).
- Rumo: A Brado Logística, sua controlada indireta, emitirá sua primeira debênture simples, em série única, no valor de R$ 250 milhões, com a Rumo como fiadora.
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