O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou o pregão da última sexta-feira (21) acima dos 127 mil pontos (127.128,06) pela terceira vez consecutiva, porém em queda 0,37%, na esteira do recuo das bolsas em Nova York, após a divulgação do dado sobre a confiança do consumidor nos Estados Unidos mais fraco que o esperado.
- Investir sem estratégia é dar sorte ao acaso. Descubra como tomar decisões com método e segurança. Baixe o eBook gratuito assinado por Guto Gioielli!
No mercado internacional, o foco segue voltado para as negociações para o fim do conflito entre Rússia e Ucrânia, no entanto, com Trump deixando Zelensky de escanteio.
O presidente dos Estados Unidos também segue no radar de seus parceiros comerciais por voltar a ameaçar com tarifas de 25% sobre a importação de automóveis, aumentando as incertezas acerca das políticas comerciais.
Destaque entre os indicadores econômicos, o PCE de janeiro deve influenciar a decisão do Federal Reserve (Fed) sobre flexibilizar a política monetária, após dados mais fracos da economia na última sexta-feira.
Surgiram, ainda, relatos preocupantes, de que um laboratório da China teria despertado uma variedade do coronavírus com potencial pandêmico, o que mantém o mercado tenso, à espera de mais informações.
No Brasil, expectativa para a divulgação do IPCA-15 de fevereiro, que é esperada com variação acima de 1%, assim como para os dados do Caged de janeiro, que pode indicar um esfriamento da atividade econômica no período e encurtar o ciclo de aperto da Selic pelo Copom.
No cenário fiscal, o mercado avalia com cautela as possibilidades de risco atreladas às decisões sobre o Plano Safra, após o governo anunciar a liberação de R$ 4 bilhões ao crédito rural, após suspensão de empréstimos subvencionados.
Diante das intempéries do cenário externo e contexto fiscal no mercado doméstico, o dólar abriu esta segunda-feira (24) em queda de 0,20%, cotado a R$ 5,71 e o dólar futuro recua 0,28%, a R$ 5,72. Já os juros futuros sobem, assim como o Ibovespa futuro, que segue em alta de 0,21%, aos 129.450 pontos.
Manchetes desta manhã
- Déficit da previdência cresce 60% em nove anos e atinge R$ 417 bilhões (Valor)
- Itaipu reserva R$ 240 mi para indenizar indígenas e conta pode ultrapassar R$ 5 bilhões (Folha)
- Brasileiros usam estratégias da época da hiperinflação para driblar escalada do preço dos alimentos (Estadão)
- Dona do iFood compra rival Just Eat Takeaway e se torna 4ª maior empresa de entregas do mundo (Valor)
Mercado global
As bolsas da Europa operam com desempenhos mistos, com o mercado analisando os resultados da eleição na Alemanha, onde o bloco CDU/CSU garantiu 28,6% dos votos, apesar de precisar formar uma coalizão para alcançar maioria no parlamento.
Os dados sobre a inflação na Zona do Euro também influenciam os índices, ao antingir o maior nível desde julho de 2024, impulsionada principalmente pela forte aceleração nos custos de energia.
Na Ásia, as praças fecharam o primeiro pregão da semana majoritariamente em queda, com exceção do Japão, onde os mercados seguem fechados devido ao feriado local e de Shenzhen, que encerrou a sessão em alta de 0,13%. Em Hong Kong, o desempenho da Bolsa foi fraco, pressionado por ações de tecnologia.
Em Nova York, o S&P 500 futuro sobe 0,5%, Stoxx Europe avança 0,2%, o Nikkei fechou em alta de 0,3% e o Shanghai caiu 0,2%.
Confira os principais índices do mercado:
• FTSE 100 +0,3%
• MSCI EM -0,7%
• Dollar Index estável
• Yield 10 anos estável a 4,4351%
• Petróleo WTI +0,2% a US$ 70,52 barril
• Futuro do minério em Singapura -0,1% a US$ 107,6
• Bitcoin -0,1% a US$ 95638,94
Commodities
- Petróleo: cotação oscila, com o mercado de olho no acordo de paz na Ucrânia e nas exportações do Iraque. O brent/abril sobe 0,12%, a US$ 74,52 e o WTI, +0,09%, a US$ 70,46.
- Minério de ferro: fechou em queda de 0,77% em Dalian, na China, cotado a US$ 114,89/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em leve queda de 0,08%, cotados a US$ 108,40/ton e o mercado à vista está praticamente estável com alta de 0,05%, cotado a US$ 107,65/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, a agenda da semana traz como destaque indicadores econômicos como o CPI da Zona do Euro nesta segunda-feira, o PIB dos EUA do 4º trimestre na quinta-feira (27) e dados sobre a inflação (PCE) dos EUA de janeiro na sexta-feira (28).
Na Zona do Euro, a inflação ao consumidor (CPI) caiu 0,3% em janeiro ante dezembro, em linha com o esperado pelo mercado.
Na Alemanha, o líder do partido conservador, Friedrich Merz, saiu como o vencedor na eleição de domingo, com o bloco CDU/CSU garantindo 28,6% dos votos.
- Não opere no escuro. Receba calls de investimento todas as manhãs com os experts do Portal das Commodities! [Entre na sala]
Cenário nacional
No Brasil, a semana iniciou com a divulgação do tradicional Boletim Focus, com destaque para as expectativas do mercado para a cotação do dólar abaixo dos R$ 6 este ano, além da 19ª alta consecutiva para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que será divulgado nesta terça-feira (25), com projeção do BTG Pactual de uma alta de 0,11% na comparação mensal e de 4,50% na anual.
Na quinta-feira (27) tem a divulgação da taxa de desemprego de janeiro (Pnad contínua) e, na sexta-feira (28), o Caged, que trará a criação de vagas de trabalho em janeiro.
Entre os compromissos do dia, o presidente Lula participa, às 11h, de cerimônia de assinatura do contrato do Programa de Renovação da Frota Naval do Sistema Petrobras. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem reunião com o presidente do Bid, Ilan Goldfajn, às 11h.
Em meio ao anúncio de subsídio do governo para o agronegócio na última semana, o planalto traça estratégia para reverter a crise de popularidade de Lula, com um dos planos centrado em anúncios ligados ao programa Pé de Meia e ao crédito consignado, segundo o Valor Econômico.
Destaques no mercado corporativo
- M.Dias Branco: informou na sexta-feira queda de 48,4% no lucro líquido, para R$ 176,5 milhões.
- Suzano: assinou contrato de pré-pagamento de exportação de US$ 1,2 bilhão.
- Cemig Distribuição: anunciou a emissão de R$ 2 bilhões em debêntures.
- Vale: Avalia medidas para restabelecer licença da mina de cobre de Sossego (PA).
- Cemig: Assinou contrato com a Âmbar Hidroenergia, braço do Grupo J&F, para a venda de quatro usinas hídricas por R$ 52 milhões.
Acompanhe as principais notícias do mercado financeiro todas as manhãs, também no Podcast Café do Mercado, uma produção do Monitor do Mercado.
O episódio de hoje já está no ar, nas principais plataformas de podcasts. Basta clicar na sua plataforma preferida para ouvir: Spotify; Deezer; Amazon Music; Podcasters. Ou ouvir clicando abaixo: