O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou o pregão desta segunda-feira (24) em queda de 1,36%, aos 125.401,38 pontos.
A queda no desempenho do índice reflete a cautela dos investidores após a fala do presidente Lula sobre o cenário macroeconômico durante o evento da indústria naval, além de preocupações com o fiscal em um momento em que Lula recorre a políticas públicas para recuperar a popularidade.
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No mercado internacional, os holofotes continuam voltados para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e suas políticas protecionistas. Trump declarou nesta segunda-feira (24) que as tarifas sobre o Canadá e o México serão implementadas assim que o período de atraso de um mês terminar, conforme acordo prévio.
Entre os indicadores econômicos, a divulgação do Índice de Confiança do Consumidor nos EUA segue em destaque na agenda do dia, assim como discursos dos membros do Federal Reserve (Fed) sobre política monetária.
No Brasil, destaque para o IPCA-15, que registrou alta de 1,23% em fevereiro. Na base anual, o indicador avançou 4,96%. A projeção do mercado era de alta de 1,37%, com alta em Habitação, Energia Elétrica, Educação e Transportes. Era esperada uma desaceleração em Alimentação e Bebidas.
Obstinado em recuperar sua popularidade, na noite desta segunda-feira, o presidente Lula anunciou o pagamento de R$ 1.000 aos jovens do programa Pé de Meia, a partir de hoje, e 100% de gratuidade a todos os remédios da Farmácia Popular.
Também há iminência de uma Medida Provisória para liberação do FGTS aos trabalhadores demitidos que já aderiram à modalidade de saque-aniversário. As medidas de políticas públicas anunciadas têm preocupado o mercado em relação ao cenário fiscal, impactando no câmbio.
Nesta terça-feira (25), o dólar abriu em alta de 0,37%, a R$ 5,77 e o dólar futuro avança 0,13%, a R$ 5,78. Os juros futuros sobem a partir de Jan/27 e na ponta mais curta abriram em queda. Já o Ibovespa futuro sobe 0,30%, aos 127.885 pontos.
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Manchetes desta manhã
- Repasse recorde da União financia alta das despesas de Estados e municípios (Valor)
- Com popularidade em baixa, governo amplia acesso a recursos do FGTS (Globo)
- Fintechs ligadas ao PCC são alvo de ação do Gaeco e da PF em SP; policial civil é preso (Folha)
- IPCA-15 acelera a 1,23% no mês de fevereiro; taxa fica abaixo de nível esperado (Estadão)
- Zema diz que governo de Minas quer privatizar Cemig, Copasa, Codemge e BMDG ainda em 2025 (Valor)
Mercado global
As bolsas da Europa seguem em alta na sessão desta terça-feira, com tarifas recíprocas de Trump no radar e de olho na formação da nova coalizão do governo alemão. A economia alemã mostrou contração no quarto trimestre, após um declínio acentuado nas exportações.
Na Ásia, os índices encerraram mais um pregão em baixa, na esteira do anúncio de Trump sobre a sanção de novas tarifas comerciais. No Japão, após o retorno do feriado, o índice Nikkei fechou em queda, pressionado por ações de produtos eletrônicos.
Já em em Seul, o índice Kospi caiu após o Banco Central da Coreia do Sul cortar juros e reduzir a projeção de crescimento do país.
Em Nova York, o S&P 500 futuro cai 0,2%, Stoxx Europe sobe 0,3%, o Nikkei fechou em baixa de 1,4% e o Shanghai -0,8%.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro -0,2%
• STOXX 600 +0,3%
• FTSE 100 +0,5%
• Nikkei 225 -1,4%
• Shanghai SE Comp. -0,8%
• MSCI EM -1,3%
• Dollar Index +0,1%
• Yield 10 anos -6,2bps a 4,3386%
• Bitcoin -6,2% a US$ 88136,56
Commodities
- Petróleo: oscila com sanções dos EUA ao Irã e margens de refino fortes. O Brent/abril segue estável a US$ 74,78 (0%) e o WTI para o mesmo período sobe 0,10%, a US$ 70,77.
- Minério de ferro: fechou em queda de 2,17% em Dalian, na China, cotado a US$ 111,90/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em queda de 2,12%, cotados a US$ 106,00/ton. O mercado à vista está em queda de 0,33%, cotado a US$ 107,10/ton.
Cenário internacional
Os Estados Unidos obtiveram apoio para uma resolução das Nações Unidas sobre a guerra na Ucrânia, que não culpa a Rússia e pede por um fim rápido do conflito.
Em destaque na agenda do dia, os EUA divulgam, às 12h, o índice de confiança ao consumidor da Conference Board. Também em foco, os discursos dos dirigentes do Fed, Michael Barr e Tom Barkin, em eventos.
Na China, o Banco Central (PBoC) manteve a taxa de juros de médio prazo em 2% e injetou 300 bilhões de yuan (US$ 67,99 bilhões) no sistema financeiro.
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Cenário nacional
No Brasil, a agenda do dia traz entre os indicadores econômicos a divulgação do IPCA-15 de fevereiro e o leilão de NTN-Bs e LFTs do Tesouro.
Na agenda de eventos, nesta terça-feira e quarta-feira acontece a CEO Conference 2025 com abertura do chairman e sócio sênior do BTG Pactual, André Esteves. Na sequência, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fala sobre cenário macroeconômico.
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Destaques no mercado corporativo
- Vibra Energia: lucrou R$ 510 milhões no 4º trimestre, queda de 84,5% ante mesmo período de 2023.
- Grupo Mateus: teve lucro de 338 milhões no 4º trimestre, estável na comparação anual.
- Embraer: resgatará notes com vencimento em 2027 em 24 de março, segundo a Bloomberg. A japonesa ANA anunciou a compra de 20 aeronaves E190-E2 da Embraer.
- Petrobras: recebeu ofício do Sindicato dos Petroleiros do Rio (Sindipetro-RJ) informando sobre greve de 24h na quarta-feira dos funcionários administrativos contra o aumento no número de dias de trabalho presencial.
- Vale: agências de rating avaliam que a reabertura da emissão de títulos pela VALE OVERSEAS LIMITED, derivada no exterior da mineradora, tem efeito neutro para a alavancagem da controladora.
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