O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) encerrou o pregão desta terça-feira (18) em alta 0,49%, aos 131.474,73 pontos, renovando a máxima do ano.
O movimento foi impulsionado pelo desempenho da JBS, com as ações subindo 18% após um acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para listar as ações nos Estados Unidos.
As ações da Vale (+0,74%) e da Petrobras (+0,08% e +0,08%) também ajudaram no desempenho do índice, apesar da pressão das commodities sobre o índice.
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No mercado internacional, assim como no Brasil, a atenções seguem voltadas para esta super quarta, que traz quatro das cinco reuniões de política monetária previstas para esta semana. No início do dia já saiu a decisão do Banco do Japão (BoJ), que manteve o juro em 0,5%, com estimativa de novas altas.
A expectativa maior é para a decisão do FOMC, o comitê do Federal Reserve (Fed) sobre os juros dos Estados Unidos (EUA) e do Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil. Nos Estados Unidos, Fed deve manter a taxa estável, com projeção de novos cortes na reunião de junho, segundo o CME Group.
No Brasil, o mercado precificou a elevação de 1 ponto percentual na Selic, levando-a para 14,25% ao ano. No entanto, há expectativa de um tom mais ” dovish “, com espaço para cortes na taxa no final do ano.
Na expectativa pela decisão sobre os juros e contexto de geopolítica, o dólar abriu em leve alta de 0,13%, aos R$ 5,67, assim como o dólar futuro, que sobe 0,03%, a R$ 5,69. Os juros futuros também abriram em alta e o Ibovespa futuro sobe 0,06%, aos 132.890 pontos.
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Manchetes desta manhã
- Projeto do IR beneficia quem ganha até R$ 7 mil e taxa mais quem recebe acima de R$ 50 mil (Valor)
- Putin aceita cessar-fogo parcial com Ucrânia mediado pelos EUA (Folha)
- Projeto cria IR mínimo para alta renda e taxa dividendos (Estadão)
- Juros devem subir e retornar ao nível de crise de Dilma nesta superquarta; próximos passos do Copom são incertos (Folha)
- Cortes de Trump colocam em risco setor de pesquisa científica dos EUA (Valor)
Mercado global
As bolsas da Europa seguem mistas após inflação e antes da decisão do Fed, com a maioria recuando após fortes ganhos motivados pelas reformas da dívida na Alemanha.
A inflação na zona do euro aumentou em 2,3%, abaixo do estimado, de alta de 2,4%. As tarifas comerciais mais altas e mais gastos do governo aumentam ainda mais o risco de novo aumento na inflação da região.
Com isso, há possibilidade de que o BCE interrompa a flexibilização após cortar as taxas pela sexta vez no início deste mês.
Na Ásia, os índices também operam sem direção definida, encerrando o pregão desta super quarta majoritariamente em baixa, com investidores repetindo o tom de Nova York, que teve perdas ontem na véspera do anúncio do Fed.
No Japão, o BoJ manteve o juro básico inalterado em 0,50%, conforme previsto.
Em Nova York, os índices futuros dos EUA abriram o dia próximo da estabilidade, à espera da decisão de política monetária do Fed.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro +0,3%
• STOXX 600 +0,1%
• FTSE 100 -0,1%
• Nikkei 225 -0,2%
• Shanghai SE Comp. -0,1%
• MSCI EM -0,2%
• Dollar Index +0,3%
• Yield 10 anos estável a 4,2849%
• Bitcoin +1,8% a US$ 83539,44
Commodities
- Petróleo: cai com preocupações sobre excesso de oferta. O Brent/maio recua 0,27%, a US$ 70,37 e WTI/abril cede 0,30%, a US$ 66,70.
- Minério de ferro: fechou em queda de 2,12% em Dalian, na China, cotado a US$ 105,03/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em queda de 1,82%, cotados a US$ 100,30/ton e o mercado à vista está negativo em 0,78%, cotado a US$ 102,00/ton.
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Cenário internacional
Nos Estados Unidos, o FOMC, o Comitê do Federal Reserve (Fed), informa sua decisão sobre os juros às 15h, com expectativa do mercado de manutenção dos juros entre 4,25% e 4,50%. Em seguida, às 15h30, o mercado aguarda as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell.
No final do dia, às 22h15, o Banco do Povo da China (PBoC) define a taxa prime de empréstimos (LPR).
Na Zona do Euro, a inflação ao consumidor (CPI) subiu 2,3% em fevereiro, na comparação anual, após alta de 2,5% em janeiro e ante projeção do mercado de 2,4%.
Na Turquia, a lira turca chegou a cair mais de 10% e as ações do país afundaram com a detenção de Ekrem Imamoglu, o prefeito de Istambul, em um movimento que pode impedi-lo de desafiar o presidente do país na próxima eleição.
Cenário nacional
No Brasil, o Copom divulga por aqui sua decisão de política monetária às 18h30, com projeção do mercado e do BTG Pactual de uma alta de 1 ponto percentual, para 14,25%.
Ainda no contexto fiscal, o Banco Central anunciou leilões de linha de até R$ 4 bilhões em 19 e 20 de março para rolagem do vencimento de 2 de abril.
Em Brasília, o governo pediu à Câmara que o projeto de lei do Imposto de Renda tramite em regime de urgência. Porém, as mudanças, se aprovadas, só entrarão em vigor em 2026.
Entre as decisões em tramitação, o plenário do Senado vota hoje o projeto de lei complementar que altera a Lei Ficha Limpa.
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Destaques no mercado corporativo
- Vivara: reportou lucro de R$ 299,4 milhões, alta de 92%, e informou que estima abrir entre 40 e 50 lojas em 2025.
- Taesa: lucrou R$ 200,6 milhões no 4º trimestre, avanço de 32,5%.
- Ecorodovias: teve lucro de R$ 142,1 milhões no 4º trimestre, alta de 21% em um ano.
- Azzas (Arezzo e Grupo Soma): negou qualquer discussão sobre compra de participação, decisão ou segregação de negócios da companhia.
- Prio: Goldman Sachs passou a deter 5,06% do capital social da empresa; volume de 45.316.832 foi atingido por meio de operações de derivativos com liquidação financeira.
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