O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, teve seu primeiro fechamento acima dos 133 mil pontos do ano ao encerrar a sessão desta quinta-feira (27) em alta de 0,47%, aos 133.148,75 pontos e volume de negociação de R$ 20,8 bilhões.
O desempenho do índice foi motivado pela maior entrada de fluxo estrangeiro, pelo reflexo das incertezas em torno das políticas comerciais dos Estados Unidos e pela recuperação do mercado chinês, que favoreceu a alta das commodities.
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No cenário internacional, os mercados antecipam os impactos da guerra comercial deflagrada por Trump com as tarifas de 25% sobre os automóveis importados e preveem uma piora da tensão a nível global a partir de 2 de abril, quando serão anunciadas as tarifas recíprocas e as possíveis retaliações dos líderes mundiais.
Destaque também para o indicador econômico preferido do Federal Reserve (Fed) para a inflação. O índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE) subiu 0,3%, dentro da projeção do mercado. Na comparação anual, houve alta de 2,5%, dentro da mediana.
No contexto nacional, o mercado já sente o peso das incertezas externas, enquanto recupera as posições mais contidas nos juros com o IPCA-15 e analisa os números de indicadores econômicos importantes, como o IGP-M e dados do emprego.
Em meio à tensão com a guerra comercial protagonizada por Trump e seus pares comerciais, o dólar abriu esta sexta-feira (28) em leve queda de 0,03%, a R$ 5,75 e o dólar futuro avança 0,17%, a R$ 5,75. Os juros futuros também abriram em alta, enquanto o Ibovespa futuro cede 0,30%, aos 133.355 pontos.
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Manchetes desta manhã
- Tarifas de 25% impostas por Trump levam incerteza à indústria automotiva mundial (Valor)
- BC prevê inflação fora da meta até 2027, e Galípolo vê cenário ‘incômodo’ (O Globo)
- Inflação desacelera, mas preços de alimentos seguem em alta (Estadão)
- Desemprego no país sobe a 6,8% até fevereiro, após ter atingido a taxa mínima da série histórica (Folha)
- Estudo prevê que Japão cairá da 4ª para 11ª maior economia do mundo em 2075 (Valor)
- Em uma semana, concessões do novo consignado privado atingem R$ 1,28 bilhão (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa operam com desempenho misto, refletindo as incertezas sobre o futuro do setor automotivo após o anúncio de tarifas de 25% sobre automóveis importados aos EUA.
Em destaque entre os indicadores econômicos da região, as vendas no varejo britânico aumentaram em 1% em fevereiro, ante esperado declínio de 0,4%; enquanto o Sentimento do Consumidor alemão permaneceu inalterado em abril, com o índice do consumidor GfK subindo para -24,5 pontos, de -24,6 pontos ligeiramente revisados no mês anterior.
Na Ásia, os mercados encerraram a semana no vermelho, refletindo a expectativa dos investidores em relação às tarifas recíprocas por Donald Trump, a partir do dia 2 de abril. No Japão, as ações de montadoras seguem em queda importante; Toyota e Honda perderam quase 5% com o anúncio das taxas sobre o setor.
Na China, a queda dos índices está atrelada à má-performance das ações de consumo e de empresas petroleiras.
Em Nova York, os índices futuros abriram em baixa, com preocupações sobre novas tarifas e a escalada da guerra comercial.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro -0,1%
• STOXX 600 -0,3%
• FTSE 100 estável
• Nikkei 225 -1,8%
• Shanghai SE Comp. -0,7%
• MSCI EM -0,7%
• Dollar Index estável
• Yield 10 anos -2,9bps a 4,3303%
• Petróleo WTI -0,2% a US$ 69,8 barril
• Futuro do minério em Singapura -0,1% a US$ 103,35
• Bitcoin -2,4% a US$ 85205,38
Commodities
- Petróleo: opera de lado, com o WTI a US$ 69,8 o barril e o brent a US$ 73,99, mas caminha para a terceira valorização semanal.
- Minério de ferro: cai 0,19 em Dalian, na China, negociado a US$ 108,1 por tonelada. Em Singapura, os contratos de referência para abril recuam 0,14%, a US$103,35 a tonelada, ganhando 3,44% nesta semana até agora.
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Cenário internacional
Nos Estados Unidos, além do PCE de fevereiro, destaque para os discursos dos membros do Fed em eventos. O vice-presidente para supervisão do Fed, Michael Barr, fala às 13h15, e o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, fala às 16h30.
No Reino Unido, O PIB cresceu 0,1% no 4º trimestre. Na Zona do Euro, o índice de sentimento econômico caiu para 95,2 em março, de 96,3 em fevereiro.
Na próxima semana, a agenda terá como destaque os dados do mercado de trabalho dos EUA, com relatório Jolts na terça-feira (1º), ADP na quarta-feira (2) e payroll na sexta-feira (4).
Na Europa, a inflação ao consumidor (CPI) de março sai na terça-feira (1º) e o PMI de serviços na quinta-feira (3).
Cenário nacional
No Brasil, a agenda do dia iniciou com a divulgação da Pnad contínua de fevereiro, que pontou índice de desemprego de 6,8% e taxa de subutilização de 15,7% no trimestre.
A população desocupada (7,5 milhões) cresceu 10,4% (ou mais 701 mil pessoas) no trimestre e recuou 12,5% (menos 1,1 milhão de pessoas) no ano.
Às 14h30, o Ministério do Trabalho e Emprego divulga o Caged também de fevereiro, com estimativa do BTG Pactual de criação de 250 mil vagas de trabalho com carteira assinada, bem acima do mês anterior, quando foram 137,3 mil vagas.
Ainda hoje, a Aneel deve definir a bandeira tarifária para o mês de abril.
Para a próxima semana, destaque para o PMI industrial de março na terça-feira (1º), produção industrial de fevereiro na quarta-feira (2) e PMI de serviços na quinta-feira (3).
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Destaques no mercado corporativo
- Eletrobras: Governo Lula indicou indicou Nelson Hubner, Silas Rondeau e Maurício Tolmasquim para o Conselho de Administração e Guido Mantega para o Conselho Fiscal.
- Petrobras: Finalizou a modernização do Trem 1 da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco; com investimento de R$ 93 milhões e expandiu capacidade para 130 mil bpb.
- Braskem: Negou negociações sobre venda de ações, em resposta à questionamento da B3 sobre oscilações dos papéis.
- Even: Lucro líquido consolidado de R$ 13,9 milhões no 4º trimestre; sem Melnick, o lucro ficou em R$ 30,4 milhões, recuperando de 22% ante 2023.
- Suzano: Reajuste no preço da celulose a partir de abril.
- Hypera: Acusou o empresário Carlos Sanchez de tentativa de influência na companhia.
- TIM: Distribuiu R$ 2.05 bilhões em dividendos complementares, a R$ 0,282 por ação, com pagamentos em 22 de abril, 23 de julho e 23 de outubro.
- Global Eggs: IPO adiado para após a consolidação da aquisição da Hillandale Farms (US$ 1,1 bilhão)
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