O Brasil registrou déficit de US$ 2,245 bilhões nas transações correntes em março de 2025, ante um saldo negativo de US$ 4,087 bilhões no mesmo período do ano anterior, conforme divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (28).
No acumulado de 12 meses até março, o déficit nas contas externas atingiu US$ 68,467 bilhões, o equivalente a 3,21% do Produto Interno Bruto (PIB). Em fevereiro, esse percentual era de 3,28%. Já para 2025, a projeção do BC é de um déficit de US$ 62 bilhões.
Para chegar a esses números, as transações correntes reúnem as operações de exportações e importações de bens e serviços, além das rendas (como juros e dividendos) e transferências unilaterais.
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Balança comercial do Brasil e serviços
O superávit da balança comercial de bens foi de US$ 7,6 bilhões em março de 2025, ante US$ 6,4 bilhões em março de 2024. As exportações de bens cresceram 5,3% no período, totalizando US$ 29,4 bilhões, enquanto as importações subiram 0,9%, para US$ 21,8 bilhões.
O déficit na conta de serviços somou US$ 4,4 bilhões, um aumento de US$ 460 milhões em relação a março de 2024. As despesas com serviços de propriedade intelectual subiram 70,5%, transportes aumentaram 20,3% e aluguel de equipamentos cresceu 15,2%.
Investimento Direto no País (IDP)
O Investimento Direto no País (IDP) — inclusive aplicações de estrangeiros em participações societárias e empréstimos entre empresas do mesmo grupo econômico — totalizou entrada líquida de US$ 5,99 bilhões em março, abaixo dos US$ 10,23 bilhões observados no mesmo período de 2024.
Nos últimos 12 meses, o IDP somou US$ 68,213 bilhões, representando 3,19% do PIB. Esse montante ficou próximo ao valor do déficit nas contas externas. A expectativa do BC é que o IDP alcance US$ 70 bilhões em 2025.
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Investimentos em carteira
No período, houve saída líquida de US$ 1,04 bilhão em investimentos estrangeiros em carteira (ações e títulos de dívida) no mês de março. No mesmo período de 2024, houve entrada de US$ 377 milhões.
- No mercado de renda fixa, a saída foi de US$ 155 milhões.
- Em ações (bolsas do Brasil e de Nova York), a retirada foi de US$ 2,710 bilhões.
Nos últimos 12 meses, os investimentos em carteira no mercado doméstico tiveram saídas líquidas de US$ 6,1 bilhões. A previsão do BC para 2025 é de ingresso líquido de US$ 10 bilhões nesses investimentos.
Lucros e dividendos
As remessas líquidas de lucros e dividendos para o exterior totalizaram US$ 3,83 bilhões em março, ante um registro de US$ 4,427 bilhões em 2024.
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As despesas líquidas com juros somaram US$ 2 bilhões, uma queda de 13,7% em relação a março de 2024. O Banco Central estima que em 2025 essas remessas chegarão a US$ 41 bilhões.
Reservas internacionais do Brasil
As reservas internacionais somaram US$ 336,2 bilhões em março de 2025, um aumento de US$ 3,6 bilhões em relação a fevereiro. Esse crescimento é atribuído, principalmente, à valorização dos ativos, variações cambiais e receitas de juros.