O IFIX, principal índice de fundos imobiliários da B3, atingiu na última sexta-feira (16) o maior nível da sua história, ao alcançar 3.439,07 pontos. O patamar supera o recorde anterior de abril de 2024 (3.423,95 pontos) e marca um novo capítulo na trajetória de recuperação do setor após a pandemia.
Desde o fundo registrado durante a crise sanitária, em 23 de março de 2020, quando o IFIX recuou a 2.169,3 pontos, o índice acumula valorização de 58,5%, segundo levantamento da Elos Ayta.
O índice reúne os fundos imobiliários mais negociados na bolsa e serve como referência para avaliar o desempenho do mercado de FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário), veículos que distribuem rendimentos recorrentes — isentos de imposto de renda — e atraem investidores interessados em renda passiva.
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Trajetória de recuperação do IFIX
A pesquisa realizada pela Elos Ayta revela que o ponto de virada mais recente ocorreu em 19 de dezembro passado, quando o IFIX marcava 2.878,4 pontos. Desde então, a recuperação acelerada resultou em uma alta de 19,5%.

Esse movimento foi impulsionado principalmente por fatores como a queda nos juros futuros, maior apetite por ativos de renda passiva e melhora nos fundamentos dos fundos imobiliários listados.
IFIX inicia semana em queda após nível recorde
Após alcançar o pico histórico, o IFIX iniciou a semana com leve recuo. No pregão desta segunda-feira (19), o índice registrou queda de 0,07%, fechando aos 3.436,51 pontos.
Durante a sessão, os seguintes fundos imobiliários se destacaram positivamente:
- BTRA11 (BTG Pactual Terras Agrícolas): +2,14%
- JSRE11 (JS Real Estate Multigestão): +1,48%
- CPSH11 (Capitania Shoppings): +1,47%
- BPML11 (BTG Pactual Shoppings): +1,42%
- BARI11 (Barigui Rendimento Imobiliários I): +1,39%
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Por outro lado, também houve quedas relevantes no dia:
- CCME11 (Canuma Capital Multiestratégia): -2,07%
- SNCI11 (Suno Recebíveis Imobiliários): -1,65%
- VINO11 (Vinci Offices): -1,34%
- ALZR11 (Alianza Trust Renda Imobiliária): -1,28%
- MFII11 (Mérito Desenvolvimento Imobiliário I): -1,26%
Apesar da correção pontual, o desempenho no mês continua positivo: o índice acumula alta de 0,7% em maio. No ano, o avanço é de 10,28%, o segundo melhor desempenho anual desde 2019, quando o IFIX disparou 35,98%.
Rentabilidade positiva e baixa volatilidade
O levantamento também mostra que em 15 anos de existência, o IFIX passou por dez anos de rentabilidade positiva e cinco de desempenho negativo. As maiores quedas foram em 2013 (-12,65%) e 2020 (-10,24%). Já os melhores anos foram 2012 (35,01%) e 2019 (35,98%).
Desde a pandemia, o índice apresenta menor volatilidade, o que pode ser atribuído à maior maturidade por parte dos investidores e diversificação dos produtos disponíveis no mercado.
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Investidor pessoa física como protagonista nos FIIS
Mesmo diante de incertezas fiscais e ruídos políticos, o fluxo de capital para fundos imobiliários tem crescido. A isenção de imposto de renda sobre os rendimentos distribuídos e o aumento da educação financeira ajudaram a ampliar a base de investidores pessoa física.
A continuidade da valorização, no entanto, dependerá de variáveis macroeconômicas, como a trajetória da taxa Selic (atualmente em 14,75%), inflação e estabilidade fiscal.