O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou a semana em queda de 1,15%, aos 137.115,83 pontos. O movimento refletiu a reação do mercado à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de aumentar a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual, para 15% ao ano, enquanto era esperada uma manutenção dos juros.
Segundo o Banco Central, os juros ainda devem ser mantidos por um período prolongado, sem previsão de cortes no curto prazo.
No mercado internacional, a semana inicia com foco no conflito entre Israel e Irã, que atingiu um novo patamar no final de semana, com a entrada dos Estados Unidos e ataque às estações nucleares do Irã na noite de sábado.
Após o ataque, o parlamento do Irã aprovou neste domingo o fechamento do Estreito de Ormuz, por onde passa 20% do petróleo que abastece o mundo, podendo gerar uma grande crise inflacionária global. A decisão ainda passará pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã.
Em pronunciamento, Trump disse que “se a paz não vier rápida, os Estados Unidos voltarão a atacar”. Segundo o Pentágono, três instalações nucleares iranianas foram atingidas, inclusive Fordow, com bombas antibunkers.
O vice-presidente dos EUA, JD Vance, disse que os EUA não estão em guerra com o Irã, mas com seu programa nuclear. Já o ministro de Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, disse que o Irã se reserva todas as opções para defender sua soberania e prometeu que os ataques dos EUA terão “consequências eternas”.
No Brasil, a expectativa é para a ata do Copom nesta terça-feira (24), que após elevar a Selic para 15%, descartou cortes do juro este ano e avisou que pode voltar a subir o juro se as expectativas inflacionárias não convergirem para a meta de 3%.
Destaque também para indicadores econômicos importantes durante a semana, como os dados das transações correntes de maio, o IPCA-15 de junho e dados do emprego.
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Manchetes desta manhã
- Petróleo sobe com ataque dos EUA ao Irã; Trump sugere apoio a mudança de regime (Valor)
- Depois de ataques ao Irã, Trump fala em mudar regime do país ( O Globo)
- Irã reage aos EUA, ataca Israel e ameaça fechar rota de petróleo (Folha)
- EUA admitem não saber onde está urânio quase ideal para o Irã produzir bombas atômicas (Estadão)
- ONGs brasileiras vão à China para parcerias na pauta ambiental (Valor)
- Grupos diversificam e imóveis viram ‘porto seguro’ (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa operam com desempenho misto, enquanto investidores avaliam o impacto de ataques dos EUA contra o Irã.
Na Ásia, as bolsas da China encerraram o pregão desta segunda-feira em alta, apesar da tensão que abala o mercado financeiro após os ataques dos EUA ao Irã.
As demais praças fecharam no negativo, repercutindo a preocupação do mercado com a possibilidade de fechamento do Estreito de Ormuz.
Em Nova York, os índices futuros oscilam, com os investidores ponderando o impacto do ataque dos EUA ao Irã.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro +0,1%
• FTSE 100 +0,1%
• CAC 40 -0,4%
• Nikkei 225 -0,1%
• Hang Seng +0,7%
• Shanghai SE Comp. +0,6%
• MSCI World -0,2%
• MSCI EM -0,8%
• Bitcoin +1,9% a US$ 101441,44
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Commodities
- Petróleo: modera ganhos após disparar com ataques dos EUA ao Irã. O Brent para agosto sobe 0,98%, a US$ 76,22 e o WTI para agosto valoriza 0,92%, a US$ 74,52.
- Minério de ferro: fechou em alta de 0,50% em Dalian, na China, cotado a US$ 98,21/ton. Em Singapura, os contratos futuros sobem 0,42%, cotados a US$ 93,90/ton e o mercado à vista segue estável, cotado a US$ 94,70/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, repercutem as declarações de Trump sobre o ataque ao Irã. O presidente dos EUA afirmou que as três principais instalações nucleares do Irã foram destruídas – Isfahan, Natanz e Fordow – em ataques aéreos realizados no sábado.
Em pronunciamento na Casa Branca, Trump afirmou que novas ofensivas ocorrerão caso o Irã não aceite um acordo de paz com Israel.
Na agenda desta segunda-feira, os EUA informam o PMI às 10h45 e dados de moradias às 11h.
Na Europa, a presidente do Banco Central Europeu (BCE) será sabatinada pelo parlamento, às 10h.
Na semana, a agenda terá como destaque as sabatinas do presidente do Federal Reserve (Fed) na Câmara na terça-feira (24) e no Senado na quarta-feira (25), PIB final dos EUA do primeiro trimestre na quinta-feira (26) e inflação PCE de maio na sexta-feira (27).
Cenário nacional
No Brasil, a semana começa com a divulgação do tradicional Boletim Focus, enquanto o mercado segue de olho no exterior com a escalada dos conflitos no Oriente Médio.
Ao longo da semana, a agenda destaca a ata do Copom nesta terça-feira (24), o IPCA-15 de junho na quinta-feira (26), a Pnad contínua e Caged na sexta-feira (27).
Na quinta-feira (26) também sai o Relatório de Política Monetária, antigo Relatório Trimestral de Inflação, seguido pela fala do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.
Entre os compromissos do dia, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve retornar de férias e o presidente Lula tem reuniões com ministros.
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Destaques no mercado corporativo
- Eletrobras: vai investir R$ 6,7 bilhões na expansão de linhas de transmissão até 2027.
- Minerva: o conselho da empresa aprovou aumento de capital de R$ 2 bilhões com a emissão de 386,8 milhões de novas ações ordinárias e bônus de subscrição.
- Marfrig e BRF: retomarão assembleias em 14 de julho para tratar da fusão.
- Vale: Estuda comprar a mineradora baiana Bamin, que precisa de US$ 5,5 bi em investimentos.