O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, pela primeira vez na história, ultrapassou os 142 mil pontos (142.138,27 na máxima). O índice encerrou o pregão desta quinta-feira (28) em forte alta de 1,32%, aos 141.049,20 pontos.
O desempenho refletiu o otimismo do mercado após a divulgação de uma pesquisa eleitoral da AtlasIntel, que mostrou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, à frente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas intenções de voto para as eleições 2026.
Na pesquisa, Tarcísio de Freitas aparece com 48,4% das intenções, contra 46,6% do presidente Lula em um cenário de segundo turno. Esses dados, segundo analistas, foram interpretados pelo mercado como sinal de estabilidade em políticas econômicas mais próximas ao setor privado.
A expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos também ajudou a empurrar o índice para cima. Caso o Federal Reserve (Fed) corte os juros em setembro, pode haver o retorno do fluxo de investimento estrangeiro para o Brasil e outras economias emergentes.
Entre as ações de maior peso no Ibovespa, a Petrobras encerrou em alta de 1,21% (ON ) e 0,88% (PN ) e Vale fechou praticamente estável, em leve alta de 0,04%.
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No mercado internacional, a semana termina com a expectativa pela divulgação do Índice de Preços de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) de julho, indicador preferido do Fed para monitorar a inflação, que deve aumentar a probabilidade de corte de juros norte-americanos em setembro.
As apostas já estão acima de 80%, impulsionadas pelo discurso do presidente do Federal Reserve (Fed) durante o Simpósio de Jackson Hole. A desaceleração da inflação do segundo trimestre (taxa anualizada) e o Produto Interno Bruto (PIB) forte (+3,3%) contribuíram para reforçar essa expectativa.
No Brasil, o destaque de hoje é a notícia que saiu nesta quinta-feira à noite, de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou o acionamento da Camex para iniciar consultas e investigações para aplicação da Lei de Reciprocidade brasileira contra os EUA.
O Itamaraty comunicará oficialmente os EUA sobre o início do processo que poderá levar à retaliação do tarifaço de 50%, com expectativa do Planalto de abertura de espaço para negociação. Nas próximas horas, devem repercutir as manifestações de Donald Trump.
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Manchetes desta manhã
- Megaoperação contra esquema bilionário do PCC no setor de combustíveis atinge Faria Lima (Valor)
- ‘Precisa ver como sonegar isso’, afirma conversa captada em megaoperação contra PCC (Folha)
- Governo Lula aproveita operação para regulamentar fintechs sem medo de nova crise do Pix (Estadão)
- PF iniciou investigação sobre PCC após monitorar condenado que ‘salvou’ postos de falência (O Globo)
- Receita publica instrução normativa que iguala obrigações de fintechs às de bancos ( O Globo)
- Lula autoriza abertura de processo para aplicar Lei de Reciprocidade aos EUA (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa recuam, monitorando os preços ao consumidor dos EUA e processando dados de inflação local. A inflação francesa subiu um pouco menos do que o previsto em agosto, com a taxa de inflação harmonizada do país chegando a +0,8% ano a ano em agosto, abaixo do aumento de 0,9% em julho.
A inflação harmonizada da Espanha ficou em 2,7% em agosto, enquanto a Alemanha divulga seus dados nesta manhã. Apesar da divisão das autoridades evidente na ata de julho, a expectativa é que o Banco Central Europeu (BCE) mantenha os juros estáveis em setembro.
Na Ásia, os índices encerraram o pregão da sexta-feira com desempenho misto, na expectativa pela divulgação do índice de despesas de consumo pessoal dos EUA.
Na China, Xangai fechou em alta de 0,37% e Shenzhen, de 0,99%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng terminou o dia em leve alta de 0,32%, no Japão, o Nikkei 225 perdeu 0,26% e, na Coreia do Sul, o índice Kospi fechou em queda de 0,32%.
Em Nova York, índices futuros operam em queda, à espera do índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE).
Confira os principais índices do mercado:
•S&P 500 Futuro -0,3%
•STOXX 600 -0,6%
•FTSE 100 -0,3%
•Nikkei 225 -0,3%
•Shanghai SE Comp. +0,4%
•MSCI EM -0,2%
•Dollar Index +0,2%
•Yield 10 anos +1,7bps a 4,2207%
•Bitcoin -1,7% a US$ 109973,5
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Commodities
- Petróleo: cai pressionado pela expectativa de menor demanda. Os estoques dos EUA apresentaram quedas maiores do que o esperado, o que indica que a demanda no fim do verão ainda estava firme, especialmente nos setores industrial e de frete. No entanto, o fim do verão nos EUA, impulsionando a demanda com o feriado do Dia do Trabalho na 2ª feira, somado ao aumento da oferta da OPEP+, pressionou os preços.
O Brent para outubro cai 0,70%, cotado a US$ 68,14 e o WTI para o mesmo mês cede 0,48%, a US$ 64,29 - Minério de ferro: fechou em alta de 0,77% em Dalian, na China, cotado a US$ 110,39/ton. Em Singapura, os contratos futuros caem 0,72%, cotados a US$ 103,45/ton e o mercado à vista valoriza 1,62%, cotado a US$ 103,60/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, os investidores aguardam o índice PCE, que indicará se a inflação no país continua perdendo força ou se há pressões que possam adiar os cortes de taxas já projetados para este ano.
Na Europa, a Alemanha apresenta a prévia do índice de preços ao consumidos de agosto. As expectativas medianas de inflação dos consumidores para a zona do euro permanecem inalteradas em 2,6% em julho, mantendo-se no nível mais baixo desde fevereiro.
No campo tarifário, a Comissão Europeia propôs a remoção de tarifas sobre bens industriais importados dos Estados Unidos, em troca de redução das tarifas americanas sobre carros europeus.
Enquanto isso, o governo dos Estados Unidos passa a eliminar, a partir de hoje, a isenção para pequenos pacotes postais com valor de até US$ 800. A medida desmonta o modelo de negócios de plataformas como Shein e Temu, que se beneficiavam dessa isenção para enviar produtos diretamente ao consumidor.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda de indicadores econômicos traz as estatísticas fiscais de julho do setor público consolidado, o indicador de incerteza de economia de agosto e o PNAD de julho.
Nesta quinta-feira, o Tesouro Nacional informou que o Brasil registrou déficit primário de R$ 59,12 bilhões em julho, ante R$ 8,86 bilhões negativos no mesmo mês de 2024, resultado afetado pelo adiamento de pagamentos de precatórios.
Ainda hoje, o governo deve entregar ao Congresso Nacional o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026, último da terceira gestão do presidente Lula.
Na agenda política, o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, participa da 40ª edição das Jornadas Anuales de Economía no Uruguai, onde deve ministrar uma palestra sobre política econômica.
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Destaques no mercado corporativo
- Raízen: o conselho de administração aprovou financiamentos com o banco Santander Brasil.
- Minerva: aprovou a redução de R$ 577,3 milhões no capital social.
- Fertilizantes Heringer: anunciou Sergio Castanheiro como novo presidente da companhia.
- Itaú: a XP elevou preço-alvo da ação de R$ 43 para R$ 45, mantendo recomendação de compra, com expectativa de ROE acima de 25%.
- Localiza: o Citi reduziu o preço-alvo de R$ 43 para R$ 41,50, mas manteve recomendação de compra, citando riscos no mercado de revenda de carros.