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Shutdown: Saiba como a paralisação nos EUA afeta o mercado de capitais

Gabriela Santos Por Gabriela Santos
03/out/2025
Em Economia, Mercados, Notícias
Imagem: Alex WROBLEWSKI / AFP

Imagem: Alex WROBLEWSKI / AFP

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O shutdown (paralisação parcial) do governo dos Estados Unidos chegou ao terceiro dia nesta sexta-feira (3), após o impasse entre o presidente Donald Trump e os democratas no Congresso sobre o Orçamento de 2026.

A medida, que não ocorria desde 2019, suspendeu inclusive a divulgação de indicadores fundamentais para a economia, como o payroll (relatório de emprego), que estava previsto para hoje. Com isso, o Federal Reserve (Fed) fica praticamente às cegas quanto às informações essenciais para calibrar sua próxima decisão de política monetária.

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Mas os impactos não ficam contidos nos Estados Unidos, as decisões tomadas durante essa paralização parcial do governo americano impacta também os mercados globais, aumentando a incerteza em torno dos juros e da inflação, aumentando a aversão ao risco entre os investidores, o que impacta diretamente no mercado de capitais.

Em entrevista ao Monitor do Mercado, Bruno Yamashita, analista de Alocação e Inteligência da Avenue, expôs a perspectiva do “copo meio cheio” e avalia que os efeitos no mercado de capitais, no curto prazo, são amenos:

“Olhando para o curto prazo e até para o histórico, é um impacto relativamente baixo. O shutdown já aconteceu diversas vezes em diversos governos e normalmente, quando o Congresso chega em um acordo, acaba tendo um efeito muito mais temporário. Apesar de acabar gerando muita manchete, ele tem uma causa muito mais política por trás de tudo isso”, explica.

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Segundo Yamashita, o desempenho dos mercados nesta semana reforça essa leitura: “Quando a gente olha, por exemplo, como foi a performance da Bolsa americana nesta quinta-feira (2), foi uma performance até positiva. Os índices abriram em queda e depois retomaram a alta. A gente viu um dólar contra o real valorizando, enquanto o DXY ficou basicamente de lado. Então dá para dizer que teve um impacto bem ameno no mercado no dia de hoje.”

Yamashita enfatiza que a tese do impacto bem ameno de uma paralisação no curto prazo é reforçada por estudos que apontam que as bolsas costumam ter uma performance positiva após seis a doze meses depois do anúncio do shutdown e da sua resolução.

Para o especialista, “o apetite a risco nesse curto prazo, por sua vez não deveria ser impactado, mas no longo, se o shutdown se prolongar, eventualmente, pode ser afetado devido a uma desaceleração da atividade.”

Riscos de um shutdown prolongado

O analista ponderou, no entanto, que um shutdown duradouro pode ter impacto relevante na economia. Segundo ele, caso o shutdown dure mais do que quatro semanas ou ultrapasse um mês e meio, aí então será possível medir alguns impactos na economia, principalmente em relação aos trabalhadores que estarão afastados, sem remuneração, e isso, segundo Yamashita, deve diminuir a demanda agregada, o que impacta o PIB.

“Além disso, o sentimento de poder ter uma demissão permanente, que é o que a gente vê esse governo Trump comentando agora, também pode afetar a confiança do consumidor. E quando a confiança é afetada, ela também reduz a demanda agregada, impactando negativamente o PIB”, completa.

Shutdown é um apagão de confiança

O especialista em direito societário e mercado de capitais André Vasconcellos faz uma análise do ponto de vista do mercado e destaca que embora o shutdown seja um fenômeno recorrente do sistema político americano, tem fortes efeitos sobre a confiança do mercado:

“O shutdown não é calote, mas um apagão de confiança. Ele paralisa parte relevante da máquina governamental e compromete a divulgação de indicadores fundamentais. Para o mercado de capitais, a ausência de dados confiáveis funciona como um verdadeiro apagão estatístico, que amplia a incerteza e a volatilidade.”

Ele explicou que, diante desse cenário, é comum aumentar a busca por ativos seguros, como os títulos do Tesouro americano, ouro e moedas fortes, além de haver uma redução da exposição em ativos de maior risco, especialmente em economias emergentes.

Efeitos sobre o câmbio e ativos de segurança

Segundo Vasconcellos, “esse movimento tende a pressionar o câmbio, encarecer o crédito internacional e aumentar a seletividade dos investidores globais. Em momentos de incerteza, o capital não desaparece, ele muda de endereço.”

Entre esses ativos de segurança, Vasconcellos destacou o desempenho recente do ouro neste ano e a possibilidade de que se mantenha como refúgio em meio à volatilidade política.

Em 2025, a rentabilidade do ouro no Brasil, foi de 47,19% até 1º de outubro, marcando um recorde para o período e se consolidando como o investimento mais rentável até o momento.

A ausência de confiança do mercado também exerce efeitos sobre os Treasuries. “Embora eles sejam o ativo de maior segurança, a paralisação prolongada gera prêmio de risco adicional nas emissões curtas, justamente porque a política fiscal fica sob suspeita. Isso distorce a curva de juros americana e complica ainda mais a leitura do Fed”, explica Vasconcellos.

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Fed pode ter que dar um tiro no escuro

Segundo Vasconcellos, o ponto mais sensível entre os impactos da paralisação do governo americano está na política monetária.

“Sem informações completas sobre emprego, inflação e atividade, o Federal Reserve pode se ver forçado a decidir em condições de baixa visibilidade. O paradoxo é que a ausência de dados pode induzir tanto a manutenção de juros elevados por cautela quanto a postergação de cortes já precificados pelo mercado. O Fed decide com luz apagada, e o mercado sente cada tropeço.”

Yamashita corrobora: “A mensuração dos dados de mercado de trabalho que o Fed usa para tomar decisão também vai se tornar mais difícil. Esses licenciamentos e paralisações temporárias vão entrar nos dados, tornando a decisão mais difícil, já que os números vão estar ‘poluídos’ por um efeito temporário, como já vimos no ano passado, em épocas de desastres naturais que também afetam temporariamente a atividade econômica.”

Impactos do shutdown para emergentes e para o Brasil

Existem ainda efeitos indiretos que podem atingir diretamente economias emergentes, inclusive o Brasil, atrelado à credibilidade institucional dos EUA como referência regulatória e estatística global.

Vasconcellos enfatiza que países emergentes, como o Brasil, dependem dos dados americanos para calibrar suas projeções, modelos de risco e decisões de política monetária. E quando esses dados “desaparecem”, aumenta a volatilidade dos preços e das previsões dos analistas.

Segundo o especialista, no Brasil, os reflexos podem vir em duas frentes: “No curto prazo, há volatilidade nos fluxos de capitais e no câmbio. Mas, paradoxalmente, o país pode se tornar mais atrativo no médio prazo, pelo diferencial de juros. É um cenário de ‘dupla leitura’: saída defensiva de capital agora, mas possibilidade de realocação estratégica em busca de retorno depois. Cada turbulência global é ameaça e oportunidade ao mesmo tempo.”

Ele destacou ainda que moedas emergentes, como o real, podem ser usadas como proxies de risco em momentos de incerteza global: “Em shutdowns, investidores globais tendem a usar moedas líquidas de emergentes, como o peso mexicano e o real, como termômetros do humor externo. Assim, o real pode sofrer volatilidade não apenas pelo risco doméstico, mas por ser usado como proxy do risco global”, explicou.

Para ele, no entanto, o verdadeiro risco está na duração do impasse no Congresso americano, que pode alterar a percepção do mercado sobre a capacidade institucional americana de governar.

“Quando a crise é política, o risco vira estrutural. O shutdown americano trata-se de um choque político que se converte em choque de confiança. E no mercado de capitais, confiança é ativo intangível, mas absolutamente determinante”, conclui.

Projeções e alertas de instituições sobre o shutdown

Um relatório da S&P Global Ratings divulgado nesta quarta-feira (1º), estima que o shutdown pode reduzir o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA em até 0,2 ponto percentual por semana.

Embora o impacto inicial seja marginal, a perda de dinamismo tende a se acumular e os custos indiretos, como atrasos em pagamentos e queda no consumo, podem ampliar os efeitos.

Já o Morgan Stanley avalia pela precificação de opções do Tesouro que a paralisação pode durar de 10 a 29 dias.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, alertou em entrevista à CNBC: “Esta não é a maneira correta de discutir o orçamento: paralisar o governo… podemos ver um impacto no PIB, no crescimento e na economia americana.”

O FMI também acompanha a situação. Julie Kozack, diretora de comunicações do fundo, afirmou que o impacto da paralisação dependerá da duração e do escopo. Contudo, será crucial assegurar a sustentabilidade da dívida pública no médio prazo, pois apesar da resiliência da economia americana, há sinais de moderação.

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Cenário político no Congresso americano

Com o fim do feriado judaico de Yom Kippur, havia expectativa de retomada das negociações no Senado nesta sexta-feira (3), mas John Thune, líder da maioria lá dentro, disse que é improvável haver votações no fim de semana.

Hakeem Jeffries, líder da minoria na Câmara, declarou à MSNBC: “Vamos nos sentar de boa fé; precisamos reabrir o governo; minha posição é cancelar cortes e salvar a assistência médica.”

O presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, também comentou os desafios do momento e disse que sem dados oficiais, o Fed deve tomar uma decisão com as informações disponíveis.

Segundo publicação da Bloomberg, a Casa Branca demonstrou nesta sexta-feira preocupação com os atrasos na divulgação de dados econômicos.

Neste terceiro dia de paralisação dos EUA, empresas, famílias, formuladores de políticas e até mesmo o Fed estão, segundo o porta-voz Kush Desai, “voando às cegas em um momento crucial da recuperação econômica dos EUA”.

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